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Gabrielle

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Presente Maldito (Vicious 2025) - quando o terror promete sentido, mas entrega confusão

Uma mulher passa a noite lutando por sua existência enquanto desliza por uma toca de coelho contida em um presente de um visitante noturno.

Personagens

  • Dakota Fanning como Polly — mulher na casa dos 30, sem muito rumo, vive sozinha numa casa grande alugada da irmã e tenta dar um jeito na vida quando recebe o “presente” que muda tudo. 
     
  • Kathryn Hunter como a mulher antiga / visitante misteriosa — surge à porta de Polly à noite com uma caixa de madeira + ampulheta e impõe regras assustadoras. 
     
  • Rachel Blanchard como Lainie — irmã de Polly, mais bem-sucedida, dona da casa que Polly aluga. 
     
  • Mary McCormack como a mãe de Polly — aparece em mensagens de voz e telefonemas, parte do histórico que dá contexto à Polly. 
     
  • Devyn Nekoda como Tara — vizinha / outra personagem ligada ao mistério da caixa.

História

Quando Polly (Dakota Fanning) recebe uma caixa misteriosa de um visitante inesperado tarde da noite, ela vem com uma instrução simples: coloque três coisas dentro: algo que você precisa, algo que você odeia e algo que você ama. O que começa como um ritual estranho rapidamente se transforma em um pesadelo. Presa em um mundo aterrorizante onde a realidade se distorce e a memória trai, Polly precisa navegar por uma série de escolhas impossíveis. À medida que o tempo passa, ela é forçada a confrontar a escuridão não apenas ao seu redor, mas dentro dela — antes que ela consuma tudo e todos que ela já conheceu.

História

Pode Ver Sem Medo

Existem filmes de terror que parecem começar com tudo para depois se perderem no próprio conceito — Presente Maldito, novo terror da Paramount dirigido por Bryan Bertino (Os Estranhos), é exatamente assim. A história até tem uma boa ideia, mas o caminho até o fim… é um verdadeiro presente amaldiçoado.

 

Polly (Dakota Fanning) é praticamente o estereótipo do caos: casa bagunçada, plantas mortas, mensagens da mãe e da gerente que ela evita ouvir, taça de vinho na mão e sorvete no colo. Ela mora sozinha em uma casa horrível alugada da irmã — o tipo de ambiente que já dá vontade de acender uma vela e rezar pra energia mudar. Depressiva, desmotivada e meio perdida, Polly ensaia respostas para uma entrevista de emprego que a mãe marcou pra ela, mas nem acredita nas próprias palavras.

 

E é nesse marasmo que o destino (ou o inferno) bate à porta. Literalmente.

 

No meio da noite gelada, uma velha (Kathryn Hunter, em mais uma performance arrepiante) aparece na porta de Polly com uma expressão que mistura desespero e algo… errado. Em uma das mãos, um curativo ensanguentado cobre o lugar onde antes havia um dedo. Ela traz uma caixa de madeira e uma ampulheta — e com a maior calma do mundo, avisa:

 

Você vai morrer hoje. A menos que siga as regras.”

 

As regras são simples — e absurdas: Polly deve colocar dentro da caixa algo que odeia, algo que precisa e algo que ama. Sem contar a ninguém. Sem quebrar o ciclo.

 

Claro que ela ignora, como qualquer pessoa sensata faria. Mas o mal já entrou, e não vai sair tão fácil.

 

A partir daí, Presente Maldito mergulha num terror psicológico confuso, com vozes, reflexos distorcidos e aparições que lembram mais pesadelos febris do que sustos planejados. A caixa começa a cobrar o que pediu. Polly tenta enganar o objeto colocando um maço de cigarros — afinal, ela fuma, odeia fumar e precisa fumar. Só que a caixa “não aceita mentira”: ela engasga, tosse, e acaba cuspindo uma chave, como se o próprio corpo fosse punido pela negação.

 

Daí pra frente, tudo desanda. A casa ganha vida, o rádio toca sozinho (“Dedicated to the One I Love”, do The Mamas & The Papas), o telefone toca com a voz do pai morto e o espelho mostra uma versão sombria de Polly. O filme constrói tensão, mas se perde tentando parecer profundo.

 

E aí vem o problema: nada faz sentido no final.

 

Dakota Fanning segura o filme com talento — é uma das poucas coisas boas aqui. A atuação dela é intensa, quase sufocante, e você realmente acredita na angústia daquela mulher. Mas o roteiro não ajuda. Depois de tanto suspense e metáforas, o final é jogado, sem pé nem cabeça.

 

 Minha nota: 5/10.
Mais pela expectativa do que pela entrega.

 

O conceito da caixa tinha tudo para ser simbólico, mas o filme prefere o susto ao sentido. Confira o final explicado aqui!

 

O final que faria sentido (na minha visão)


Se o filme tivesse fechado de forma simbólica, mostrando que ao colocar na caixa algo que odeia, precisa e ama, Polly estaria enterrando a si mesma — a versão infeliz, perdida e sem rumo — e renascendo “zerada”, teria sido perfeito. Ela morreria de forma figurada, renascendo como uma nova mulher, livre dos vícios e das dores que a prendiam.
 

Mas não. O filme opta pelo absurdo.
 

No fim, Presente Maldito é mais sobre o vazio do que sobre o medo — e talvez, ironicamente, essa seja sua maldição: prometer um terror cheio de significado e entregar apenas confusão embrulhada em uma boa atuação.

Curiosidades

Dakota Fanning presenteou cada um dos membros da equipe com uma ampulheta gravada.

 

Dirigido pelo cineasta Bryan Bertino, mais conhecido pelo aclamado terror "The Strangers" (2008).

Onde assistir?

O filme está na Paramount+.

Avaliações

  • IMDB logo 4,9
    Rotten Tomatoes logo 42%
    PVSM logo 5,0

Tags:

#terror #horror #filme #drama

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