O Royal Hotel (2023) - tensão, hostilidade e crítica social no interior da Austrália

Personagens

• Hanna (Julia Garner) – Mais cautelosa, séria e desconfiada, é quem percebe mais rápido o perigo.
   
• Liv (Jessica Henwick) – Mais solta e despreocupada, inicialmente vê a experiência como parte da aventura, mas também começa a sentir o peso da situação.
   
• Billy (Hugo Weaving) – Dono do pub, temperamental, explosivo e com sérios problemas com bebida.
   
• Carol (Ursula Yovich) – Companheira de Billy, que tenta manter as coisas sob controle.
   
• Outros personagens secundários são frequentadores do bar, que contribuem para a atmosfera opressiva e tensa.

História

Hanna e Liv são melhores amigas mochileiras na Austrália. Depois de ficarem sem dinheiro, Liv, em busca de aventura, convence Hanna a aceitar um emprego temporário como bartender de um pub chamado "The Royal Hotel", em uma remota cidade mineira do Outback australiano. O dono do bar, Billy, e um grupo de moradores locais oferecem às meninas uma introdução desenfreada à cultura da bebida australiana, mas logo Hanna e Liv se veem presas em uma situação perturbadora que rapidamente foge ao controle delas.

Pode Ver Sem Medo

Em O Royal Hotel, acompanhamos Hanna (Julia Garner) e Liv (Jessica Henwick), duas amigas que viajam pela Austrália em busca de aventura. A viagem toma outro rumo quando o dinheiro acaba, e elas decidem aceitar um emprego temporário em um pub isolado no interior: o Royal Hotel.

O local é comandado por Billy (Hugo Weaving), um homem alcoólatra, instável e de temperamento explosivo, e por sua parceira Carol (Ursula Yovich), que tenta manter as coisas funcionando dentro do caos.

Logo, as jovens percebem que não se trata de um simples trabalho de verão: o pub é frequentado por homens locais rudes, agressivos e constantemente bêbados. A cada noite, o clima de tensão cresce, e a linha entre a grosseria e a violência real fica cada vez mais tênue.

O filme explora temas como:

• misoginia e intimidação;
• a vulnerabilidade feminina em ambientes dominados por homens;
• a experiência de ser turista em território estranho, onde a sensação de isolamento aumenta o risco.
   

Julia Garner arrasa na atuação intensa e contida, transmitindo o medo de forma quase silenciosa. Aliás foi um dos motivos para assistir, saber que ela estava atuando aqui!

O Royal Hotel é um suspense psicológico forte, com mais foco em atmosfera e crítica social do que em grandes reviravoltas. Em alguns momentos, você se pega pensando em como pessoas acabam se colocando em situações desse tipo — principalmente turistas em ambientes estranhos, e ainda mais quando cercados por homens “de bar”. Essa é justamente a força do filme: provocar desconforto, questionamento e reflexão sobre os riscos invisíveis que muitas vezes preferimos ignorar.

Kitty Green fecha a narrativa sem um grande clímax violento, mas com uma mensagem clara: o verdadeiro terror não está em fantasmas ou monstros, e sim no comportamento humano, que pode transformar um simples trabalho temporário em uma experiência traumática.

Curiosidades

"The Royal Hotel" é o nome de pub mais comum na Austrália, de acordo com a publicidade deste filme.

O filme é inspirado no documentário Hotel Coolgardie (2016), lançado cerca de seis anos antes.

A cidade de Yatina, no interior do sul da Austrália, que é o local central de filmagem deste filme, tem uma população de apenas nove pessoas.

A produção, por meio do Conselho Distrital de Peterborough, publicou um anúncio procurando figurantes (artistas de fundo) para representar pessoas bebendo dentro do Royal Hotel, sem "nenhuma experiência necessária". O órgão do governo local divulgou isso em sua conta no Facebook e o anúncio atraiu mais de 40.000 acessos. O Comitê de Gestão de Turismo de Peterborough relatou que a publicação de julho de 2022, intitulada "interessado em se tornar figurante em um novo longa-metragem - 'The Royal Hotel' - alcançou 40.518 pessoas".

Onde assistir?

O filme está na Netflix.

Avaliações

• 5,7
  89%
  6,0