O Exorcista - O Devoto (2023)

Quando duas meninas desaparecem na floresta e retornam três dias depois sem nenhuma lembrança do que aconteceu, o pai de uma das meninas procura Chris MacNeil, que foi alterada para sempre pelo que aconteceu com a filha há cinquenta anos.

Personagens

Leslie Odom Jr. - Victor, Ellen Burstyn - Chris MCneill, Ann Dowd - Ann, Lidya Jewertt - Angela, Olivia O'Neill - Katherine

História

Desde a morte de sua esposa grávida em um terremoto no Haiti, há 12 anos, Victor Fielding (Leslie Odom Jr., vencedor do Tony e indicado ao Oscar®; One Night in Miami, Hamilton) criou sua filha, Angela (Lidya Jewett, Good Girls) sozinho. Mas quando Angela e sua amiga Katherine (a novata Olivia Marcum) desaparecem na floresta, apenas para retornar três dias depois sem nenhuma lembrança do que aconteceu com elas, isso desencadeia uma cadeia de eventos que forçarão Victor a enfrentar o mal e , em seu terror e desespero, procura a única pessoa viva que já testemunhou algo parecido antes: Chris MacNeil.

Pode ver sem medo

O Exorcista: O Devoto" é uma continuação direta do clássico filme de terror "O Exorcista" de 1973. Mas ele é tão ruim assim como dizem?

Sinceramente, não, não mesmo! E eu quase deixei de ver por ouvir tantas críticas negativas só que para minha surpresa esse filme traz é muitas questões relevantes sobre o mal.

Ele é o sexto filme da franquia Exorcista e, esperançosamente, o primeiro assistível desde o original de 1973 que assustou o diabo dentro e fora de nós.

O filme abre com o fotógrafo Victor Fielding (Leslie Odom Jr.), que está de férias no Haiti com sua esposa grávida, Sorenne (Tracey Graves). Tragicamente, um terremoto tira a vida de Sorenne, e a história então muda para Percy, Geórgia, onde testemunhamos Victor assumindo as responsabilidades de pai solteiro para com sua filha, Angela (Lidya Jewett). Um dia, Angela se aventura na floresta próxima com sua melhor amiga, Katherine (Olivia O’Neill). Quando são encontrados três dias depois, eles não se lembram do que aconteceu durante esse período. Gradualmente, à medida que as duas meninas começam a exibir sinais de possessão demoníaca, uma cadeia de eventos é posta em movimento que coloca ambas as famílias cara a cara com as forças do mal.

Leslie Odom Jr., no papel de Victor, o pai solteiro, apresenta uma atuação sincera, ele se destaca em um papel que exige que ele transmita o estresse de um pai muitas vezes reservado. Lidya Jewett, como Angela, e Olivia O'Neill, como Katherine, as duas garotas possuídas do filme, apresentam atuações excepcionalmente genuínas. No entanto, uma das atuações de destaque pertence, sem dúvida, a Ann Dowd em sua interpretação de Ann, a enfermeira.

Assistir Ellen Burstyn na tela como Chris MacNeil, papel que ela viveu há 50 anos, evoca um sentimento reconfortante, trazendo uma nostalgia e ela realmente enriquece o filme com sua presença. No entanto, é um papel pouco desenvolvido e com pouca importância na trama geral do filme.

O filme busca trazer uma nova perspectiva para a clássica história de possessão demoníaca, explorando temas de fé, legado e o impacto duradouro do mal. Além de aterrorizar, o filme pretende aprofundar as consequências psicológicas e emocionais do exorcismo tanto nas vítimas quanto em suas famílias.

E justamente a maior crítica do filme, para mim foi a maior mensagem, o ritual final do exorcismo é uma cena climática que destaca a união de várias religiões para combater o mal, transmitindo a mensagem de que o mal afeta a todos independentemente de suas crenças religiosas, e que a luta contra ele é uma causa comum.

A cena ilustra que os católicos não têm exclusividade sobre rituais de exorcismo e que a fé e a espiritualidade são diversas. Cada religião traz suas próprias práticas e crenças, mas todas compartilham o objetivo comum de proteger e salvar a humanidade do mal.

O filme convida o público a refletir sobre a natureza do mal e a importância da colaboração e do respeito mútuo entre diferentes religiões. Ele sugere que, diante do mal, a humanidade pode encontrar força na diversidade espiritual e na união.

Curiosidades

Ellen Burstyn recusou reprisar seu papel e recebeu o dobro do salário. Burstyn pensou: “Sinto que o diabo está perguntando meu preço”. Ela finalmente aceitou, usando o salário para financiar uma bolsa de estudos do MFA para atores na Pace University, onde o Actors Studio ministra o programa.

Linda Blair, Regan no filme original de 1973, foi conselheira no set das atrizes que retratavam as garotas possuídas neste filme.

No início do filme, uma pequena criatura esculpida pode ser vista no quarto de Ângela. Esta é a mesma criatura que Regan desenhou com asas no primeiro filme (1973).

Sobre o falecimento de William Friedkin, o escritor e crítico de cinema Ed Whitfield postou isto no Twitter(X) e no Facebook: "William Friedkin uma vez me disse: 'Ed, o cara que fez aquelas novas sequências de Halloween está prestes a fazer uma para o meu filme, o. Exorcista (1973). Isso mesmo, meu filme de assinatura está prestes a ser ampliado pelo homem que fez Segurando as Pontas (2008). Não quero estar por perto quando isso acontecer. Pretendo possuir David Gordon Green e tornar sua vida um inferno.'" Na verdade, Friedkin morreu dois meses antes do filme ser lançado.