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Terror em Shelby Oaks (2024) - Quando Muitas Referências Viram Pouca Originalidade
A busca desesperada de uma mulher por sua irmã há muito tempo perdida torna-se uma obsessão ao perceber que o demônio imaginário de sua infância pode ter sido real.
Personagens
Mia (a protagonista) - Camille Sullivan
Determinada, emocionalmente abalada e carregando anos de culpa. É ela quem conduz toda a narrativa, movida pela obsessão de entender o que aconteceu com a irmã.
Riley - Sarah Durn
A irmã desaparecida, membro dos Paranormal Paranoids. Sua figura aparece em fitas antigas, gravações escuras e lembranças fragmentadas, sempre deixando dúvidas sobre o que realmente houve naquela época.
Os Paranormal Paranoids
O grupo de amigos que produzia vídeos investigativos de fenômenos sobrenaturais. Eles são a espinha dorsal da mitologia do filme, conectando presente e passado.
História
A trama acompanha Mia, uma mulher atormentada pelo desaparecimento da irmã, Riley, integrante de um antigo grupo de caçadores de fantasmas conhecido como The Paranormal Paranoids.
Anos depois do sumiço, novos vídeos e pistas começam a surgir misteriosamente, reacendendo a ideia de que algo realmente sobrenatural estava envolvido com o grupo. Mia decide então investigar por conta própria, retornando à cidade de Shelby Oaks, onde lendas locais, florestas sombrias e uma figura demoníaca parecem estar conectadas ao passado — e ao desaparecimento.
Conforme ela se aprofunda, as manifestações sobrenaturais aumentam, e a fronteira entre memória, trauma e o inexplicável começa a ruir.
Pode Ver Sem Medo
Shelby Oaks chegou cercado de expectativa — e não apenas por carregar o nome de Mike Flanagan como produtor, mas pela promessa de misturar found footage, falso documentário e terror psicológico em uma única experiência.
As referências estão ali: Bruxa de Blair, estética documental, ecos de O Bebê de Rosemary… mas talvez esse seja exatamente o problema. Terror em Shelby Oaks tenta ser tudo ao mesmo tempo e, no final, é apenas mais do mesmo.
O resultado? Um filme esquecível, sem força narrativa, sem frescor e que decepciona ainda mais vindo de alguém que já entregou projetos realmente sólidos como A Maldição da Residência Hill e Doutor Sono. Aqui, infelizmente, o público assiste a uma longa construção para um final previsível, onde o demônio vence mais uma vez — e não de um jeito surpreendente ou memorável.
Já se passaram 26 anos desde que A Bruxa de Blair popularizou o found footage, e desde então dezenas de filmes tentaram repetir a fórmula com resultados variados. Shelby Oaks é o mais recente dessa linhagem, misturando gravações amadoras, entrevistas documentais e cinema tradicional.
O filme abre como um documentário de caso não resolvido — exatamente o tipo de produção que domina os streamings hoje.
Riley (Sarah Durn), uma YouTuber que investigava fenômenos sobrenaturais, desaparece misteriosamente durante uma exploração na cidade abandonada de Shelby Oaks, uma área tomada por ruínas e florestas densas em Ohio.
Anos depois, sua irmã, Mia (Camille Sullivan), ainda traumatizada e carregando culpa, aceita participar de um documentário que tenta reconstruir os últimos passos de Riley. Aos poucos, vão surgindo detalhes perturbadores:
- Os outros membros do grupo de caçadores de fantasmas foram encontrados brutalmente assassinados.
- As últimas imagens de Riley mostram figuras distorcidas ao fundo.
- Novos vídeos começam a aparecer, sugerindo que Riley pode ter descoberto algo além do sobrenatural.
A premissa é forte, a atmosfera funciona e tudo aponta para um terror moderno de qualidade.
Quando o Filme Começa a Desandar
Durante as gravações do documentário, um incidente macabro acontece — e é aí que Shelby Oaks muda de rumo.
O formato de falso documentário é abandonado, e o filme passa a imitar um terror mais “artsy”, com estética inspirada em Hereditário (2018), mas sem a complexidade emocional ou simbólica que fez aquele filme funcionar.
A partir daí, Mia segue uma jornada isolada para desvendar o que realmente aconteceu com a irmã, mergulhando no passado obscuro da região. O problema é que:
- A narrativa perde ritmo.
- A estética deixa de surpreender.
- O terror se torna previsível.
No fim, a história não entrega a profundidade que promete e aposta em um encerramento óbvio, sem coragem para ir além do clichê.
Minha Opinião
Apesar de boas ideias e um início promissor, Terror em Shelby Oaks não consegue sustentar a própria ambição.
A mistura de referências — found footage, documentário, terror psicológico, culto demoníaco — faz com que o filme perca identidade ao invés de ganhar força.
Não é um desastre, mas é completamente esquecível.
E vindo de um nome associado a Mike Flanagan, isso pesa ainda mais.
No fim das contas, é aquela experiência que te deixa com a sensação de tempo perdido e a certeza de que o filme poderia ter sido muito mais do que entregou.
Curiosidades
Chris Stuckmann, famoso por seus reviews no YouTube, estreia como diretor aqui — o que gerou expectativa, mas também pressão.
As cenas da prisão foram filmadas no Reformatório Estadual de Ohio (também conhecido como Reformatório de Mansfield) em Mansfield, Ohio. Esta prisão histórica fechou em 1990 e tem sido usada como locação para muitos filmes e produções televisivas, sendo a mais memorável "Um Sonho de Liberdade" (The Shawshank Redemption). Os portões da prisão pelos quais Mia se aproxima não são os portões reais da prisão, mas sim um cenário projetado para o filme "Força Aérea Um" (Air Force One), de 1997, que ainda está no terreno da prisão. A prisão é considerada assombrada por muitos e oferece visitas guiadas históricas e sobre fantasmas ao público.
O filme nasceu de um curta falso criado pelo crítico Chris Stuckmann, que viralizou como se fosse um registro real. O interesse do público impulsionou seu primeiro longa-metragem.
Apesar do marketing destacar seu nome, Flanagan não escreveu nem dirigiu o filme. Sua função foi apenas apoiar o projeto e não interferir criativamente.
Onde assistir?
O filme está nos cinemas e nas plataformas digitais.
Avaliações
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5,5
55%
5,0
Tags:
#filmes #terror #horrorVisualizações:
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