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O Ônibus Perdido (The Lost Bus 2025) - Paul Greengrass transforma tragédia real em um thriller humano e avassalador
Ele explora o que deu errado no incêndio florestal mais mortal dos Estados Unidos em um século e como evitar futuras tragédias.
Personagens
Kevin McKay- Matthew McConaughey: Motorista de ônibus escolar encarregado de conduzir o grupo em perigo
Mary Ludwig- America Ferrera: Professora que acompanha e cuida dos alunos durante a crise
Ray Martinez- Yul Vázquez: Chefe de divisão do corpo de bombeiros (Cal Fire)
Ruby- Ashlie Atkinson: Operadora / despachante da garagem / apoio logístico
Shaun McKay- Levi McConaughey: Filho de Kevin (personagem secundário)
Sherry McKay- Kay McCabe McConaughey: Mãe de Kevin (personagem com relação pessoal)
Jen Kissoon- Kate Wharton: Chefe de batalhão do Cal Fire – envolvida no comando das operações de resgate
História
Durante o incêndio Camp Fire de 2018 em Paradise, Califórnia, o incêndio florestal mais mortal da história do estado, 22 crianças do ensino fundamental ficaram presas na escola porque suas famílias não conseguiram encontrá-las antes que o fogo se alastrasse. Agora, um motorista de ônibus escolar precisa tentar levar as crianças e uma professora para um lugar seguro enquanto o incêndio se alastra ao redor delas. Baseado vagamente em uma história real.

Pode Ver Sem Medo
Paul Greengrass não erra. O diretor de Voo United 93 e Capitão Phillips volta a transformar uma tragédia real em um thriller de tirar o fôlego em O Ônibus Perdido (The Lost Bus), novo drama da Apple TV+ baseado em uma história que, por si só, já é um pesadelo real.
Inspirado no incêndio florestal mais destrutivo da história da Califórnia — o Camp Fire, de 2018 —, o filme é uma verdadeira saga de sobrevivência contada com a intensidade de um filme de ação e a sensibilidade de um documentário humano.
O filme adapta o livro de não ficção Paradise: One Town’s Struggle to Survive an American Wildfire, da jornalista Lizzie Johnson, e acompanha os esforços heroicos de Kevin McKay, um motorista de ônibus comum que se viu no meio de uma tragédia impossível.
Interpretado por Matthew McConaughey, McKay é um homem divorciado que tenta equilibrar o trabalho com os cuidados à mãe doente e a relação turbulenta com o filho adolescente — interpretado, curiosamente, pelo próprio filho de McConaughey, Levi, ao lado da mãe, Kay McConaughey, que vive a matriarca da família.
Esses momentos domésticos, mesmo breves, servem como uma âncora emocional poderosa. O filme te faz entender que antes do herói existe um homem — e que suas decisões diárias, por mais simples que pareçam, podem definir o destino de dezenas de pessoas quando o caos começa.
Enquanto McKay segue sua rotina dirigindo entre os pontos de ônibus de Paradise, um incêndio começa a se espalhar pelas montanhas sem que ninguém perceba.
A partir daí, O Ônibus Perdido mergulha em dois dramas que colidem: de um lado, a logística desesperada dos bombeiros tentando conter as chamas; do outro, os dilemas pessoais de um homem comum que, sem querer, se vê diante da escolha mais importante da sua vida.
Quando o fogo toma a estrada e todos os outros veículos são obrigados a recuar, McKay se torna o último ônibus em movimento — carregando dezenas de crianças e uma professora, Mary Ludwig (interpretada por America Ferrera), que tenta manter a calma enquanto o mundo desaba ao redor.
É o tipo de filme que transforma o ordinário em épico, mostrando que coragem e instinto de sobrevivência podem surgir dos lugares mais simples.
O filme não ignora o contexto maior da tragédia.
Há menções à negligência corporativa e à crise climática, o que torna tudo ainda mais atual — especialmente diante dos incêndios recentes na Califórnia e em Los Angeles.
Sem precisar pregar um discurso, O Ônibus Perdido mostra que as consequências do descaso ambiental e da ganância chegam primeiro aos mais comuns: professores, motoristas, mães, filhos, vizinhos.
McConaughey está excelente — contido, natural, humano.
Longe das comédias românticas que o marcaram no início da carreira, ele entrega um papel que exige mais coração do que charme.
E America Ferrera, que já brilhou em Barbie, sustenta o lado emocional da história com firmeza e empatia.
A química entre os dois funciona porque o filme não tenta forçar heroísmo: eles apenas fazem o que precisam fazer, e isso é o que o torna tão comovente.
Minha opinião
Eu sempre gostei de filmes sobre desastres naturais, mas esse aqui vai além do espetáculo.
O Ônibus Perdido te deixa roendo as unhas o tempo todo — os efeitos são grandiosos, você sente o calor do fogo de longe, o som do vento, o medo das crianças.
É o tipo de filme que te faz pensar: “e se fosse comigo?”
E ainda que seja um filme de ação, ele nunca perde de vista o lado humano.
Tem drama, tem tensão e tem aquela sensação agridoce de saber que tudo isso aconteceu de verdade — e que pessoas reais estiveram dentro daquele ônibus.
Pra mim, foi um dos melhores filmes do ano.
Intenso, emocional e verdadeiro.
Valeu cada minuto — e saber que é baseado em uma história real só torna tudo ainda mais poderoso.
Conclusão
Em um tempo em que o cinema muitas vezes exagera para emocionar, O Ônibus Perdido prova que a realidade ainda é o maior dos roteiros.
Paul Greengrass entrega um filme que honra as vítimas e celebra os heróis anônimos — sem glamour, mas com um respeito raro.
E quando os créditos sobem, o que fica não é só o alívio, mas a lembrança de que a coragem também pode caber em um simples motorista de ônibus.
Curiosidades
Três gerações de McConaugheys estão neste filme: Matthew, sua mãe, Kay, e seu filho mais velho, Levi.
Baseado em fatos reais, o incêndio Camp Fire de 2018, o mais mortal da história da Califórnia.
Este filme foi filmado em Ruidoso, Novo México, em meados de abril de 2024. Dois meses depois, o incêndio florestal de Southfork devastaria a vila.
Em fatos reais, Kevin McKay dirigiu cerca de 48 km (30 milhas) em um período extenuante de cinco horas, em meio à fumaça, fogo, estradas bloqueadas e acidentes, para evacuar 22 crianças da Escola Primária Ponderosa.
Este incêndio florestal mortal causou 85 mortes e 13.500 pessoas perderam suas casas.
O envolvimento de Kay McConaughey marca seu retorno às telas após quase 14 anos longe da atuação.
Vários dos socorristas são interpretados por socorristas reais que estavam lá no momento do incêndio.

Onde assistir?
O filme está na AppleTV+
Avaliações
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6,9
86%
7,5
Tags:
#drama #filmes #suspenseVisualizações:
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