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Gabrielle

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Stephen (2025) – FINAL EXPLICADO

O Psicopata que Manipulou Todos Até o Último Minuto

 

Stephen se apresenta, desde o início, como um caso aparentemente simples: um homem que entra numa delegacia, confessa ter matado nove mulheres e descreve tudo com assustadora naturalidade. Mas a simplicidade é apenas o verniz. O filme logo revela sua verdadeira intenção: desmontar nossas expectativas e questionar tudo o que acreditamos sobre assassinos, traumas e vilões.

 

Ao ser encaminhado para uma avaliação psiquiátrica, Stephen passa a ser analisado pela dra. Seema (Smruthi Venkat), e o que deveria ser uma rotina judicial se transforma numa batalha psicológica de inteligência — e manipulação.

 


 

O Passado que Desperta Empatia… e Suspeita

 

Durante os interrogatórios, Stephen narra uma infância marcada por abusos, violência doméstica e anos de terror silencioso. Ele conta sobre o pai agressivo, a mãe instável e episódios traumáticos que moldaram sua visão sombria de mundo.

 

Essas revelações despertam, naturalmente, a dúvida:

Será Stephen uma vítima das circunstâncias?
Ou um predador usando sua história para escapar da responsabilidade?

 

O filme brinca com essa ambiguidade por boa parte da narrativa. Enquanto a psiquiatra tenta entender sua mente fragmentada, o público oscila entre compaixão e repulsa.

 

Mas essa construção emocional tem um custo: o ritmo se alonga. Muitos críticos apontaram que o meio do filme se arrasta, tornando a experiência mais lenta do que precisava ser. Contudo, no final, essa paciência é recompensada de maneira brutal.

 


 

A Reviravolta: Quem Stephen Realmente é

 

Quando Stephen é finalmente condenado e colocado numa viatura policial, o filme abandona todas as máscaras.


E aqui vem a revelação:

Stephen nunca foi vítima. Ele sempre foi o monstro.

 

Durante a viagem até a prisão, ele passa a conversar com figuras imaginárias — seus pais, Krithika e as nove vítimas. E, entre essas alucinações, a verdade emerge:

✔️ Ele matou seu cachorro quando era criança, mostrando sinais iniciais de psicopatia.

✔️ Assassinou sua mãe, após ela rasgar sua carta de emprego.

✔️ Matou seu pai, que aceitou assumir a culpa pela morte da mãe.

✔️ Confessou esses assassinatos a Krithika, que ficou horrorizada.

✔️ E então matou Krithika também.

 

As outras nove mulheres?

Ele as escolheu porque o lembravam de Krithika — e sentia prazer em forçar cada uma a “falar como ela”, antes de matá-las.

 

Nada disso tinha a ver com traumas. Era desejo. Era controle. Era prazer.

 


 

A metáfora da roda-gigante — e a reviravolta que vira tudo de cabeça para baixo

 

Ao longo do filme, a narrativa retorna várias vezes ao símbolo da roda-gigante.

À primeira vista, parece simples: ninguém fica sempre em cima ou sempre embaixo. A vida gira.
 

Mas no terceiro ato, essa metáfora é desmontada com precisão cirúrgica.

O filme gira 360 graus — literalmente — e o que achávamos que compreendíamos se revela uma ilusão.
 

Assim como Stephen manipula seus investigadores, o filme nos manipula.

Ele usa nossos próprios preconceitos narrativos contra nós.

E quando a verdade aparece, já estamos presos demais para voltar atrás.
 

É uma virada sutil, elegante e mortal.

 


 

O Mestre da Manipulação

 

Toda a confissão de Stephen, seus relatos traumáticos, sua rendição e até mesmo sua suposta cooperação com a polícia…
foram encenações cuidadosamente calculadas.

 

Ele sabia que:

  • quem se entrega parece menos perigoso,
  • quem fala abertamente parece arrependido,
  • quem exibe traumas angaria empatia,
  • e quem coopera costuma receber atenuantes judiciais.

 

Stephen interpretou seu papel com precisão cirúrgica — e quase conseguiu enganar todos.

 

É por isso que o filme funciona tão bem: ele desconstrói o mito do “monstro criado pela dor” e mostra um homem que constrói um monstro imaginário para justificar o que ele sempre foi.

 


 

O Desfecho: Justiça ou Ilusão?

 

No tribunal, Stephen é considerado culpado e condenado a 10 anos de prisão — uma pena surpreendentemente branda para um serial killer, reforçando o quanto ele dominou sua narrativa.

 

No trajeto, ele repassa mentalmente seus crimes, rindo.
Ele acredita que sairá cedo da prisão por “bom comportamento”.

 

A cena final, pós crédito, mostra um homem assistindo ao noticiário sobre o caso, enquanto repórteres mencionam que os corpos das vítimas ainda não foram encontrados. Ele então caminha para dentro de uma floresta, e na tela surge:

 “Luna – O Despertar da Noite”

 

Uma provocação?

Uma deixa para continuação?

Ou a revelação de que Stephen pode ter tido um cúmplice silencioso?
 

O filme deixa essa porta aberta.

 


 

 Veredicto Final

 

Stephen é um thriller que funciona melhor no impacto psicológico do que na velocidade narrativa. A virada final redefine tudo o que acreditávamos sobre o protagonista e nos força a encarar uma verdade incômoda:

O mal, às vezes, não nasce — ele simplesmente existe.
E sabe muito bem como usar nossas expectativas contra nós.

 

A performance de Gomathi Shankar carrega a história, entregando um personagem tão assustador quanto fascinante. Para quem gosta de thrillers psicológicos inteligentes e subversivos, este é um prato cheio.

Tags:

#filmes #netflix #finalexplicado

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