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Baramulla (2025) — Final Explicado: o que realmente aconteceu com as crianças
Se você terminou Baramulla com o coração apertado, a cabeça cheia de perguntas e aquela sensação de “preciso entender isso direito”, relaxa: você não está sozinho.
O filme mistura mistério policial, terror sobrenatural e trauma histórico — e entrega um final que é tão emocional quanto simbólico. Aqui vai uma explicação clara, completa e emocionalmente honesta do que tudo aquilo significou.
A verdade sobre os desaparecimentos
Durante todo o filme, acompanhamos o delegado Ridwaan Sayyed tentando descobrir o paradeiro das crianças sumidas. No início, tudo parece apontar para:
- sequestro,
- tráfico,
- ou recrutamento por militantes da região.
Mas essa é apenas a primeira camada da história.
As tulipas brancas encontradas nos locais, os ruídos na casa antiga e o comportamento estranho das crianças apontam para algo sobrenatural — e essa pista nunca foi acidental.
A revelação: os espíritos da família Sapru
A casa onde Ridwaan e sua família estão hospedados pertencia à família Sapru, hindus caxemires (Pandits) assassinados durante os conflitos dos anos 90.
Seus espíritos não estão presos por ódio, e sim por sofrimento — e, surpreendentemente, eles não são os vilões.
A grande reviravolta do filme é entender que:
❗Os espíritos da família Sapru não sequestraram as crianças.
Eles as protegeram.
Quando as crianças tocavam a tulipa branca, elas eram levadas para um “espaço espiritual” seguro, escondidas da rede de militância que operava na cidade.
Ou seja: enquanto vivos estavam em perigo, mortos as protegiam.
Esse é o coração temático de Baramulla.
O verdadeiro inimigo: a rede de recrutamento
O lado humano e político do filme se revela quando descobrimos que:
- As crianças estavam sendo observadas e aliciadas por uma rede militante.
- A professora Zainab — alguém acima de qualquer suspeita — era a peça-chave dessa operação.
- Ela usava a influência nas escolas para aproximar os meninos dos militantes.
Quando Ridwaan conecta as pistas, percebe que seus próprios filhos, especialmente Noorie, também estavam sendo alvo.
O filme, então, abandona completamente a dúvida entre “fantasma ou assassino?”
A resposta é: os dois existem — mas só um deles é uma ameaça real.
Clímax: vivos contra vivos, mortos protegem vivos
Na sequência final, a casa é atacada pelos militantes.
- Espíritos Sapru intervêm para salvar Ridwaan e sua família.
- Gulnaar é possuída por Eela Sapru e mata Zainab.
- Ridwaan enfrenta e mata Juneid, um dos líderes da rede.
Quando os antagonistas humanos são derrotados, as crianças finalmente retornam — exatamente nos lugares onde desapareceram — vivas, confusas, mas a salvo.
É aqui que entendemos:
o sobrenatural do filme nunca foi a ameaça, mas a cura temporária.
Epílogo: quando a memória encontra a redenção
Meses depois, em Mumbai, a família Sayyed se encontra com Sharad Sapru, o único sobrevivente da família de 1990.
Ayaan entrega a ele uma caixinha de conchas pertencente à irmã de Sharad — a última conexão física com a família perdida.
Esse gesto funciona como:
- encerramento espiritual para os Sapru,
- reconhecimento histórico para a dor dos Kashmiri Pandits,
- e uma metáfora para a importância de lembrar o passado, não enterrá-lo.
É um final silencioso, mas poderoso.
O verdadeiro “fantasma” aqui não é uma aparição.
É a história que nunca foi resolvida.
O que o final quer dizer?
Baramulla usa o sobrenatural como espelho de uma dor real:
o trauma do êxodo dos Kashmiri Pandits, expulsos de suas casas nos anos 90, em meio à violência e perseguição.
O filme deixa claro:
- O horror humano causou as mortes.
- O horror histórico gerou os fantasmas.
- Os fantasmas, movidos pela dor, escolheram proteger — não punir.
E o delegado Ridwaan só entende tudo isso quando, finalmente, conecta:
- o passado do lugar,
- os crimes do presente
- e o sofrimento que nunca foi reconhecido.
Por que o final é tão impactante? Minha opinião
Eu simplesmente amo quando um filme ousa misturar entretenimento com história.
Baramulla faz isso de um jeito corajoso:
Ele começa como investigação, vira drama familiar, mergulha no terror…
e termina com uma reflexão sobre memória, culpa e justiça que vai muito além da tela.
O terceiro ato é emocionante.
O plot final fecha tudo com perfeição.
E o filme te leva, sem perceber, a pesquisar sobre um dos episódios mais dolorosos da Caxemira.
É aquele tipo de obra que faz você pensar depois dos créditos.
Tags:
#finalexplicado #filmes #indi #netflixVisualizações:
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