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Gabrielle

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Baramulla (2025) — Final Explicado: o que realmente aconteceu com as crianças

Se você terminou Baramulla com o coração apertado, a cabeça cheia de perguntas e aquela sensação de “preciso entender isso direito”, relaxa: você não está sozinho.


O filme mistura mistério policial, terror sobrenatural e trauma histórico — e entrega um final que é tão emocional quanto simbólico. Aqui vai uma explicação clara, completa e emocionalmente honesta do que tudo aquilo significou.

 



A verdade sobre os desaparecimentos

 

Durante todo o filme, acompanhamos o delegado Ridwaan Sayyed tentando descobrir o paradeiro das crianças sumidas. No início, tudo parece apontar para:

  • sequestro,
  • tráfico,
  • ou recrutamento por militantes da região.
  •  

Mas essa é apenas a primeira camada da história.

 

As tulipas brancas encontradas nos locais, os ruídos na casa antiga e o comportamento estranho das crianças apontam para algo sobrenatural — e essa pista nunca foi acidental.

 



A revelação: os espíritos da família Sapru

 

A casa onde Ridwaan e sua família estão hospedados pertencia à família Sapru, hindus caxemires (Pandits) assassinados durante os conflitos dos anos 90.

Seus espíritos não estão presos por ódio, e sim por sofrimento — e, surpreendentemente, eles não são os vilões.
 

A grande reviravolta do filme é entender que:

❗Os espíritos da família Sapru não sequestraram as crianças.
 

Eles as protegeram.
 

Quando as crianças tocavam a tulipa branca, elas eram levadas para um “espaço espiritual” seguro, escondidas da rede de militância que operava na cidade.

Ou seja: enquanto vivos estavam em perigo, mortos as protegiam.
 

Esse é o coração temático de Baramulla.
 



 O verdadeiro inimigo: a rede de recrutamento
 

O lado humano e político do filme se revela quando descobrimos que:

  • As crianças estavam sendo observadas e aliciadas por uma rede militante.
  • A professora Zainab — alguém acima de qualquer suspeita — era a peça-chave dessa operação.
  • Ela usava a influência nas escolas para aproximar os meninos dos militantes.
     

Quando Ridwaan conecta as pistas, percebe que seus próprios filhos, especialmente Noorie, também estavam sendo alvo.
 

O filme, então, abandona completamente a dúvida entre “fantasma ou assassino?”

A resposta é: os dois existem — mas só um deles é uma ameaça real.
 



Clímax: vivos contra vivos, mortos protegem vivos
 

Na sequência final, a casa é atacada pelos militantes.
 

  • Espíritos Sapru intervêm para salvar Ridwaan e sua família.
     
  • Gulnaar é possuída por Eela Sapru e mata Zainab.
     
  • Ridwaan enfrenta e mata Juneid, um dos líderes da rede.
     

Quando os antagonistas humanos são derrotados, as crianças finalmente retornam — exatamente nos lugares onde desapareceram — vivas, confusas, mas a salvo.
 

É aqui que entendemos:
o sobrenatural do filme nunca foi a ameaça, mas a cura temporária.
 



Epílogo: quando a memória encontra a redenção
 

Meses depois, em Mumbai, a família Sayyed se encontra com Sharad Sapru, o único sobrevivente da família de 1990.

Ayaan entrega a ele uma caixinha de conchas pertencente à irmã de Sharad — a última conexão física com a família perdida.
 

Esse gesto funciona como:

  • encerramento espiritual para os Sapru,
  • reconhecimento histórico para a dor dos Kashmiri Pandits,
  • e uma metáfora para a importância de lembrar o passado, não enterrá-lo.
     

É um final silencioso, mas poderoso.

O verdadeiro “fantasma” aqui não é uma aparição.

É a história que nunca foi resolvida.
 



O que o final quer dizer?
 

Baramulla usa o sobrenatural como espelho de uma dor real:
o trauma do êxodo dos Kashmiri Pandits, expulsos de suas casas nos anos 90, em meio à violência e perseguição.
 

O filme deixa claro:

  • O horror humano causou as mortes.
  • O horror histórico gerou os fantasmas.
  • Os fantasmas, movidos pela dor, escolheram proteger — não punir.
     

E o delegado Ridwaan só entende tudo isso quando, finalmente, conecta:

  • o passado do lugar,
  • os crimes do presente
  • e o sofrimento que nunca foi reconhecido.
     


Por que o final é tão impactante? Minha opinião
 

Eu simplesmente amo quando um filme ousa misturar entretenimento com história.

Baramulla faz isso de um jeito corajoso:

Ele começa como investigação, vira drama familiar, mergulha no terror…
e termina com uma reflexão sobre memória, culpa e justiça que vai muito além da tela.
 

O terceiro ato é emocionante.

O plot final fecha tudo com perfeição.

E o filme te leva, sem perceber, a pesquisar sobre um dos episódios mais dolorosos da Caxemira.
 

É aquele tipo de obra que faz você pensar depois dos créditos.

Tags:

#finalexplicado #filmes #indi #netflix

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