O Assassinato do Ator Rafael Miguel (2025) - A história, o documentário e o impacto

História

O Assassinato do Ator Rafael Miguel aborda a trágica morte do jovem ator, que ficou conhecido por estrelar a nova versão brasileira da novela Chiquititas. Junto com os seus pais, Rafael Miguel foi morto a tiros por Paulo Cupertino, pai de sua namorada, Isabela Tibcherani.

Pode Ver Sem Medo

A HBO Max lançou um dos documentários mais comentados de 2025: O Assassinato do Ator Rafael Miguel, uma série dividida em três episódios que reconstrói o crime que chocou o Brasil e mergulha nas relações familiares, no ciúme e na violência que antecederam a tragédia.

Quem era Rafael Miguel

Rafael Henrique Miguel nasceu em São Paulo e ficou conhecido desde criança por um comercial de televisão onde pedia à mãe para comprar brócolis. O talento e o carisma o levaram para as novelas, e o público o abraçou especialmente após seu papel como Paçoca, em Chiquititas (SBT, 2013–2015).

Fora das câmeras, Rafael era descrito como um jovem tranquilo, carinhoso e cheio de planos. Aos 22 anos, sonhava em crescer como ator e construir uma vida ao lado da namorada, Isabela Tibcherani. Era o início de uma história de amor interrompida pela intolerância e pela violência.

O crime que abalou o país
 

Em 9 de junho de 2019, Rafael Miguel e seus pais, João Alcisio e Miriam Selma Miguel, foram assassinados na zona sul de São Paulo.

O autor dos disparos foi Paulo Cupertino, pai de Isabela, que não aceitava o relacionamento da filha com o ator.
 

O encontro, que deveria servir para esclarecer desentendimentos, terminou em tragédia. Foram 13 tiros disparados — um ato brutal que tirou a vida de três pessoas e destruiu famílias.
 

O caso ganhou repercussão nacional não apenas pela violência, mas pelo absurdo da motivação: o controle possessivo de um homem sobre a filha e a negação de sua autonomia.
 

Após três anos de fuga, Cupertino foi finalmente localizado e, em maio de 2025, condenado a 98 anos de prisão por triplo homicídio qualificado.

 

A série documental
 

A série da HBO Max reconstrói o caso de forma cronológica e sensível. Os dois primeiros episódios explicam a relação de Rafael e Isabela, o ambiente de medo em que ela vivia e os bastidores da investigação.

Há um destaque especial para o depoimento inédito de Isabela, que narra o momento do crime e o terror de crescer sob o domínio de um pai controlador.
 

O documentário também mostra a caçada ao foragido, as manobras jurídicas e o primeiro julgamento, anulado após Cupertino demitir o próprio advogado durante a sessão — uma estratégia para ganhar tempo.

 

Um tom que muda
 

O último episódio, na minha opinião, desloca demais o foco, assumindo um tom mais próximo de reality e perdendo parte da força emocional construída antes. Ainda assim, encerra com uma reflexão poderosa: a de que, muitas vezes, o verdadeiro perigo está dentro de casa — vindo justamente de quem deveria proteger.

Eu não conhecia o caso antes de assistir, e o documentário faz um trabalho sólido em contextualizar tudo. Mesmo quem nunca tinha ouvido falar consegue entender a gravidade da situação e o ambiente que levou ao desfecho trágico.

O ponto mais forte é como ele escancar

São três episódios intensos, que combinam emoção, investigação e reflexão sobre o impacto da violência doméstica.

Onde assistir?

O DOC está no HBO MAX com 3 partes.

Avaliações

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  6,0