
Criação de conteúdos e gestão de redes sociais
Medo Real (True Haunting 2025) - o novo documentário que mistura terror e realidade
O virtuoso do terror James Wan aplica seu estilo cinematográfico de arrepiar a contos paranormais autênticos.
História
Por meio de reconstituições imersivas e entrevistas atuais, esta série arrepiante detalha encontros paranormais do ponto de vista de quem os vivenciou.

Pode Ver Sem Medo
Quando chega o mês de outubro, quem é fã de terror como eu já começa a contagem regressiva para o Halloween — e para o que vai entrar nos streamings para nos deixar no clima.
E neste ano, a Netflix trouxe uma novidade perfeita para isso: Medo Real (True Haunting), um documentário que promete arrepiar até quem evita produções do gênero.
Produzida por James Wan — o mestre do horror por trás de Invocação do Mal e Sobrenatural —, a série é um híbrido entre documentário e terror roteirizado.
Aqui, relatos reais de encontros paranormais se misturam a reconstituições cinematográficas, com depoimentos de pessoas que afirmam ter vivido essas experiências e dramatizações dignas de um bom filme de horror.
A primeira temporada tem cinco episódios, divididos em duas histórias diferentes:
- Os três primeiros episódios, dirigidos por Neil Rawles, formam o arco “Eerie Hall”, ambientado nos anos 80.
Os dois últimos, dirigidos por Luke Watson, compõem “Esta Casa Me Assassinou”, que se passa nos anos 2000.
Enquanto o primeiro arco gira em torno de uma pessoa assombrada, o segundo mergulha em uma casa assombrada — e o contraste entre os dois torna a experiência ainda mais interessante.
Eerie Hall: o terror psicológico que cresce aos poucos
A primeira história é caracterizada por uma abordagem mais lenta e atmosférica.
Nada de sustos fáceis — aqui o terror se constrói nos detalhes, acumulando pequenas estranhezas até que a tensão atinja o ponto máximo.
O protagonista é Chris, um estudante universitário que começa a ser afetado por fenômenos paranormais em seu entorno.
E um dos momentos mais curiosos desse arco é a aparição dos lendários Ed e Lorraine Warren, que aparecem dando uma palestra na universidade.
Essa escolha parece uma homenagem de James Wan ao universo de Invocação do Mal, conectando sutilmente o documentário ao mesmo tipo de investigação paranormal que o consagrou no cinema.
Mas, como fã dos casos dos Warrens, preciso deixar minha ressalva: quando Lorraine se recusa a apertar a mão de Chris por “sentir algo ruim” nele, confesso que me incomodou.
Pareceu quase uma omissão de socorro, algo distante da compaixão que os dois demonstravam em suas investigações.
Eles poderiam ter se aproximado e tentado entender o que o garoto estava enfrentando — afinal, esse era o propósito do trabalho deles na época.
Esta Casa Me Assassinou: o passado que nunca morre
Os dois últimos episódios, “Esta Casa Me Assassinou”, mudam completamente o tom.
Aqui, o terror é mais direto e sombrio, explorando um dos tropos clássicos do gênero: casas que guardam tragédias e cuja energia parece se infiltrar no presente.
Os relatos mostram moradores sendo levados ao limite por vozes, ruídos e objetos que se movem sozinhos.
Em um dos momentos mais marcantes, o protagonista diz:
“Algo aconteceu naquele quarto… e fomos nós que desencadeamos.”
Essa frase resume bem a ideia central da série: o medo não vem apenas do sobrenatural, mas da relação entre o que já foi e o que ainda está vivo dentro de nós e dos lugares.
Aqui, os personagens não são apenas vítimas — são catalisadores involuntários de uma força que sempre esteve ali, esperando ser despertada.
Reconstituições e depoimentos: o equilíbrio entre o real e o encenado
As dramatizações são o coração da série.
O interessante é que Medo Real não tenta convencer ninguém de que fantasmas existem — a proposta é mostrar que, para quem viveu aquilo, era real.
Mesmo que hoje algumas pessoas envolvidas duvidem do que viram, o documentário respeita a experiência de cada uma.
E isso é o que mais me atrai nesse tipo de produção: muitas pessoas que passam por situações assim têm medo de contar por receio de serem chamadas de loucas ou mentirosas.
Por isso, assistir a séries como essa é importante — ouvir, respeitar e acolher o relato do outro pode fazer toda a diferença.
Visualmente, a série é impecável. A fotografia aposta em tons frios, iluminação suave e sons sutis que constroem uma atmosfera densa, mas nunca apelam para o exagero.
O resultado é uma experiência envolvente — mais próxima de um filme de suspense psicológico do que de um típico reality paranormal.
Minha opinião: medo com propósito
Como fã de documentários de terror, já vi muitos títulos parecidos — especialmente no estilo Discovery Channel, com histórias reais dramatizadas.
Mas Medo Real se destaca por não repetir casos famosos, e por tratar as experiências das pessoas com respeito e empatia, sem ridicularizar ou duvidar.
Mesmo que você não goste de terror, vale assistir.
Porque no fundo, True Haunting não é sobre fantasmas — é sobre pessoas.
Sobre como o medo, o trauma e o inexplicável moldam nossas vidas.
E como, às vezes, o que não conseguimos entender nos ensina mais do que aquilo que temos certeza.
O desfecho das histórias é ótimo e traz uma sensação de conexão entre os dois arcos — mostrando que nada acontece por acaso.
Tudo tem uma razão, mesmo que não consigamos ver.
Um documentário envolvente, visualmente caprichado e emocionalmente honesto.
Não é para quem busca sustos fáceis, mas para quem gosta de mergulhar no lado humano do sobrenatural.
E você, acredita em histórias de assombração? Já viveu algo que não conseguiu explicar?
Conta aqui nos comentários — porque às vezes, o medo mais real… é o que mora dentro da gente.
Onde assistir?
O documentário está na Netflix com 5 episódios.
Avaliações
-
5,6
---
8,0
Tags:
#documentario #terror #horror #netflixVisualizações:
16Comentários (0)
Efetue login para poder comentar. Ainda não tem uma conta? Registre-se