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Brick (2025) - o thriller alemão que mistura paranoia, tecnologia e muros — reais e emocionais
Um casal cujo prédio de apartamentos é subitamente cercado por uma misteriosa parede de tijolos e que precisa trabalhar com os vizinhos para encontrar uma saída.
Personagens
Tim Arnovsky- Matthias Schweighöfer
Olivia Neill- Ruby O. Fee
Yuri- Murathan Muslu
Marvin (Gael)- Frederick Lau
Ana- Salber Lee Williams
Lea- Sira Anna Faal
Oswalt - Axel Werner
Friedman- Alexander Beyer
Anton- Josef Berousek
História
Após uma tragédia (o aborto de Olivia), Tim e Olivia estão distantes. Ao amanhecer, descobrem o prédio isolado por uma parede de tijolos futurista que bloqueia todas as saídas. Eles devem se unir a outros moradores para tentar escapar vivos.

Pode Ver Sem Medo
Sou fã das produções alemãs. Filmes e séries vindos de lá quase sempre me surpreendem com histórias inteligentes, personagens interessantes e uma pegada diferente do que estamos acostumados em Hollywood. Por isso, assim que vi que a Netflix havia lançado Brick, um thriller alemão com uma premissa misteriosa, corri para assistir — e não me decepcionei.
Confesso que fiquei surpresa com as críticas negativas que o filme recebeu em alguns portais. Claro, Brick não é uma obra-prima nem o melhor filme do ano. Mas cumpre bem aquilo a que se propõe: entregar uma história tensa, claustrofóbica, atual e com boas atuações.
Uma parede — e muitos bloqueios
A trama começa com Tim (vivido por Matthias Schweighöfer) tentando manter sua sanidade em meio ao estresse do trabalho. Desenvolvedor de jogos, ele enfrenta bugs, videoconferências lentas e memórias traumáticas — especialmente um aborto sofrido por sua esposa, Liv (interpretada por Ruby O. Fee). O relacionamento dos dois está claramente desgastado, e Liv parece pronta para seguir em frente. Literalmente. Ela propõe largar tudo e ir para Paris, começar do zero. Tim recusa. A clássica promessa de "mais pra frente" que nunca chega.
Até que... a parede aparece.
Na manhã seguinte, eles descobrem que todas as saídas do prédio estão bloqueadas por uma estrutura estranha, escura, como se tijolos metálicos tivessem sido magicamente empilhados durante a noite. Sem água, sem internet, sem janelas — nada escapa, nem entra.
A partir daí, o que já era uma crise conjugal se transforma num verdadeiro jogo de sobrevivência.
Um elenco sólido e personagens suficientes
Além de Tim e Liv, logo somos apresentados a outros moradores presos no prédio: Marvin (Frederick Lau), impulsivo e paranoico; Ana (Salber Lee Williams), sua companheira sensata; Yuri (Murathan Muslu), um homem misterioso obcecado por teorias da conspiração; um idoso com pistola e tanque de oxigênio; uma neta desconfiada; e o estranho senhorio do prédio — morto em circunstâncias bem perturbadoras.
Os personagens não são profundamente desenvolvidos, mas funcionam bem dentro da proposta do filme. Suas interações refletem algo muito mais profundo: a dificuldade em confiar nos outros quando estamos em situações-limite — e como as barreiras emocionais que erguemos muitas vezes são tão ou mais intransponíveis que as físicas.
O suspense funciona — mesmo com tropeços
Sim, o filme tem seus problemas de roteiro. Algumas decisões de personagens beiram o absurdo, e há momentos em que certos indivíduos parecem quase indestrutíveis. Mas, sinceramente? Isso não é exclusividade de Brick. São tropeços comuns até em grandes produções americanas.
No geral, o suspense é bem construído. O isolamento, os túneis secretos, o pânico crescente... tudo contribui para uma atmosfera sufocante, que faz a gente pensar: como reagiríamos ali dentro?
Além disso, o filme levanta temas bastante atuais: o medo de guerras, o desejo por controle total da tecnologia, o perigo de confiar demais em sistemas automatizados e o ressurgimento de comportamentos sobrevivencialistas, muitas vezes guiados por desinformação.
Final ambíguo e instigante
Sem dar grandes spoilers (saiba detalhes do final aqui), o desfecho de Brick não traz respostas fáceis — e eu gosto disso. A sensação de que algo deu terrivelmente errado, mas que talvez a maior ameaça nem esteja do lado de fora, mas dentro de cada um dos personagens, me pareceu o ponto mais interessante do filme.
Vale a pena assistir?
Se você curte thrillers psicológicos, distopias com um toque sci-fi e não se incomoda com algumas pequenas incoerências narrativas, Brick pode ser uma boa pedida. Não espere explicações mirabolantes ou grandes efeitos especiais. Mas espere tensão, claustrofobia, boas atuações e uma metáfora interessante sobre o que nos isola — literalmente e emocionalmente.
Curiosidades
Para a dublagem inglesa, apenas Tim (Matthias Schweighöfer) foi interpretado pelo ator original.
Ruby O. Fee e Matthias Schweighöfer estrelaram juntos anteriormente em Exército de Ladrões: Invasão da Europa (2021)
Onde assistir?
Brick está na Netflix.
Avaliações
-
5,5
31%
7,0
Tags:
#filmes #movies #drama #mistério #scifiVisualizações:
18Comentários (0)
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