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Until Dawn: Noite de Terror (2025) - Terror, loops temporais e uma sensação de déjà vu
Um grupo de amigos presos em um loop temporal, onde inimigos misteriosos os perseguem e os matam de maneiras terríveis, devem sobreviver até o amanhecer para escapar.
Personagens
Ella Rubin- Clover
Michael Cimino- Max
Odessa A'zion- Nina
Ji-young Yoo- Megan
Belmont Cameli- Abe
Maia Mitchell- Melanie
Peter Stormare- Dr. Hill
História
Um ano após o misterioso desaparecimento de sua irmã Melanie, Clover e seus amigos partem para o vale remoto onde ela desapareceu em busca de respostas. Explorando um centro de visitantes abandonado, eles se veem perseguidos por um assassino mascarado e horrivelmente assassinados um por um... apenas para acordar e se encontrarem de volta no início da mesma noite. Presos no vale, eles são forçados a reviver a noite repetidas vezes — só que a cada vez a ameaça assassina é diferente, cada uma mais aterrorizante que a anterior.

Pode Ver Sem Medo
Baseado no game cult da PlayStation, Until Dawn chega aos cinemas em 2025 prometendo sustos, tensão e aquele clima típico de filmes slasher com adolescentes em apuros. Mas será que a adaptação conseguiu manter o fôlego até o amanhecer?
A dor da perda e a viagem errada
Já se passou um ano desde que Clover (Ella Rubin) sofreu dois golpes devastadores: a morte de sua mãe e o misterioso desaparecimento de sua irmã, Melanie (Maia Mitchell). Em uma tentativa, no mínimo duvidosa, de ajudá-la a seguir em frente, seus amigos decidem refazer os últimos passos de Melanie em uma viagem rumo ao desconhecido.
O grupo é formado por figuras que rapidamente ganham traços marcantes: Max (Michael Cimino), ex-namorado de Clover e sempre ansioso; Megan (Ji-young Yoo), fascinada pelo ocultismo; Nina (Odessa A’zion), emocionalmente fechada; e Abe (Belmont Cameli), novo namorado de Nina e aspirante a psicólogo que faz questão de lembrar isso a cada cinco minutos.
Durante uma parada em um posto de gasolina no meio do nada, eles decidem realizar uma sessão espírita — e logo percebem que essa viagem está longe de ser apenas uma homenagem nostálgica.
Bem-vindo ao Vale Glore — onde os mortos sussurram
A ação se intensifica quando o grupo para em um centro de visitantes abandonado em Glore Valley, um local fictício cercado por uma floresta enevoada e uma energia estranha. Ali, cada um deles começa a perceber que há algo muito errado:
- Abe encontra um outdoor com fotos de pessoas desaparecidas — incluindo Melanie.
- Nina encontra um livro de visitantes com nomes repetidos em caligrafias cada vez mais instáveis.
- Megan sente uma presença espiritual, como se os mortos estivessem tentando avisá-los.
- Clover, fragilizada emocionalmente, ouve a voz da irmã chamando por ela no meio da floresta.
O diretor David F. Sandberg (de Annabelle 2 e Lights Out) constrói esses momentos com um domínio interessante dos silêncios e dos sons ambientes: ranger de madeira, respiração trêmula, passos na névoa. O clima é denso — até que o assassino entra em cena.
Loop mortal: sobreviver não é o fim
Em um giro que remete ao conceito de loop temporal, ao estilo A Morte Te Dá Parabéns, o filme revela sua principal reviravolta: após serem brutalmente mortos por um assassino mascarado que ainda rouba o carro do grupo, os cinco amigos... acordam vivos. De novo. No mesmo lugar. No mesmo momento.
Eles logo entendem que estão presos em um jogo perverso: cada morte reinicia a noite, e a única forma de escapar é sobreviver até o amanhecer. No meio desse pesadelo cíclico, surge a figura sinistra do Dr. Hill (Peter Stormare), um psicólogo que parece saber mais do que demonstra.
Crítica: boa ambientação, bons personagens, mas…
Apesar do elenco jovem eficiente e do bom uso do clima de isolamento e mistério, Until Dawn peca pela repetição. As mortes, embora bem encenadas, perdem o impacto depois da terceira ou quarta vez. Os sustos tornam-se previsíveis, e a narrativa não consegue sustentar o mistério por tempo suficiente.
É um filme que começa bem, fisga o público com ambientação e dinâmica de grupo, mas logo entra em um ciclo — literalmente — que cansa. A tensão dilui, o impacto se repete, e o que poderia ser uma história memorável se torna uma distração passageira.
Vale a pena?
Se você é fã do game ou curte terror com toques de sobrenatural, pode valer pela curiosidade. Mas para quem busca algo inovador ou marcante no gênero, Until Dawn entrega mais do mesmo, com uma embalagem estilizada.
Uma experiência visualmente interessante, com personagens carismáticos e boas ideias... que infelizmente não sobrevivem até o amanhecer.
Curiosidades
David F. Sandberg concebeu a sequência de abertura dos créditos finais com os cartazes de pessoas desaparecidas durante as filmagens, acreditando que seria uma maneira "muito divertida" de terminar o filme. "Achei que seria muito divertido para os créditos finais ter cartazes de toda a equipe e elenco desaparecidos naquele quadro.
A cena de Clover saindo do túmulo, com o braço estendido para o céu e uma cruz atrás dela, lembra o pôster do Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio (1981) original.
Este filme foi lançado no décimo aniversário de Until Dawn (2015).
No porão, Megan encontra um transmissor de rádio, que os adolescentes usam mais tarde para se comunicar com o Dr. Hill, que os avisa que devem sobreviver "até o amanhecer". No jogo, Emily e Matt usam um transmissor de rádio semelhante para pedir ajuda, após o que são informados de que devem esperar "até o amanhecer" pelo resgate.
Uma das atrações mais assustadoras do videogame são os Wendigos. No material original, essas criaturas monstruosas eram humanos que se envolveram em canibalismo e foram posteriormente transformados pelo espírito maligno Wendigo. A irmã de Clover, Melanie, até se transforma em um Wendigo, assim como a irmã de Josh, Hannah, faz no jogo. Apesar das diferenças em relação ao jogo, o filme retrata os Wendigos em seu design original assustador. No entanto, o filme também parece apresentar um Wendigo do tamanho de um prédio que tenta impedir Nina e Abel de fugirem do alojamento Glore.
Until Dawn (2015) tem como capa/cartaz uma ampulheta que lembra uma caveira, para representar o tema temporal da história, com as ações do jogador tendo efeitos borboleta que influenciam eventos futuros. Esta imagem aparece no filme como um acessório: uma ampulheta com uma caveira é fixada na parede da casa e se reinicia ao final de cada noite, significando que o tempo foi revertido e todas as mortes que ocorreram foram desfeitas.
Cada vez que o loop temporal é reiniciado, os personagens tentam criar ideias diferentes sobre como sobreviver, o que é um pouco semelhante a como a história do jogo muda dependendo das escolhas do jogador.
Onde assistir?
Until Dawn está nos cinemas.
Avaliações
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6,0
Tags:
#filmes #horror #terrorVisualizações:
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