Carma (2025) - A série coreana da Netflix que prova que tudo volta

Personagens

• Kim Beom-jun: interpretado por Park Hae-soo (esteve em Round 6), é um homem que, após testemunhar um acidente misterioso, faz um acordo irreversível para encobrir o ocorrido.​
• Lee Ju-yeon: vivida por Shin Min-a, é uma médica que carrega traumas de infância e se depara com alguém que preferia nunca mais ver.​
• Park Jae-yeong: personagem de Lee Hee-joon, é um homem endividado que, na tentativa de mudar de vida, se envolve em um plano arriscado.​
• Jang Gil-ryong: interpretado por Kim Sung-kyun, perde seu emprego injustamente e recebe uma proposta que pode mudar sua vida, mas a um custo elevado.​
• Han Sang-hun: vivido por Lee Kwang-soo, é um médico de sucesso que se envolve com Lee Yu-jeong, sem saber dos perigos que esse relacionamento pode trazer.​

• Lee Yu-jeong: interpretada por Gong Seung-yeon, é a namorada de Han Sang-hun, cuja natureza encantadora esconde intenções questionáveis.

   

História

A história gira em torno de uma testemunha de um acidente, uma médica traumatizada por pesadelos, um homem cujo mundo foi virado de cabeça para baixo por um evento inesperado e outro homem se afogando em empréstimos privados. Cada um deles está ligado pelos laços inescapáveis ​​de um destino terrível, tecendo um thriller policial envolvente que acompanha àqueles presos em enredos malfadados.

Pode Ver Sem Medo

A trama inicia com Park Jae-yeong (Lee Hee-joon), um operário endividado que, desesperado para saldar suas dívidas com agiotas, elabora um plano para simular a morte de seu pai e reivindicar o seguro de vida. Entretanto, esse ato desencadeia uma série de eventos que afetam profundamente outras cinco pessoas.

À medida que suas vidas se entrelaçam, cada personagem é confrontado com as consequências de suas escolhas, evidenciando a inevitabilidade do destino e das repercussões de seus atos.

Carma não é uma série de sustos. É uma série de inquietações. Ela planta pequenas sementes de desconforto no primeiro episódio e, até o final, essas sementes florescem em paranoia, angústia e — talvez — alguma forma de redenção. É uma série que mergulha profundamente nas complexidades das relações humanas e nas consequências de nossas escolhas.
 

Apesar do primeiro episódio de Carma ter uma hora de duração, sua trama inicial parece simples: um homem endividado toma uma decisão extrema ao tentar matar o próprio pai para receber o seguro. Mas como o próprio título da série já anuncia, escolhas como essa nunca vêm sem consequências — e o retorno sempre vem, implacável, arrastando todos ao redor.
 

O segundo episódio nos apresenta um novo personagem, envolvido em um acidente fatal e ameaçado por uma testemunha, enquanto uma médica revive traumas ao reencontrar um nome do passado. À primeira vista, essas histórias parecem isoladas — e confesso que me perguntei se e quando elas começariam a se conectar.
 

No início, a narrativa não parecia ter força o suficiente para manter o ritmo. Quase perdi o interesse, sentindo falta de um propósito claro. Mas aí a série começa a entregar pistas, pequenos detalhes que se tornam cada vez mais reveladores. Aos poucos, os fragmentos se encaixam, e aquilo que parecia desconexo começa a fazer total sentido.
 

Quando você percebe como tudo está ligado, é impossível não se impressionar com a inteligência da construção. O carma, afinal, não atua apenas em linha reta — ele circula, se espalha e colide com todos os envolvidos. E nesse momento, tudo se transforma.
 

Vale muito a pena ir até o fim. Porque quando as peças se encaixam, Carma deixa claro: ninguém escapa das consequências.

Carma: conceito e impacto
 

A palavra Carma vem do sânscrito e significa “ação” ou “ato”. Na filosofia oriental (hinduísmo, budismo, jainismo), o conceito está ligado à ideia de que cada ação gera uma consequência — nesta ou em outras vidas. É a lei de causa e efeito espiritual: você colhe o que planta.
 

Em "Carma", as decisões dos personagens desencadeiam uma cadeia de eventos que ressaltam essa ideia, mostrando como escolhas impensadas podem levar a consequências inevitáveis e interligadas. A narrativa enfatiza a interconexão das ações humanas e como o destino de cada um é moldado por suas próprias decisões.
 

A série Carma leva essa ideia ao extremo. Aqui, o que parece acaso é, na verdade, consequência. Os protagonistas não estão apenas sofrendo por decisões recentes, mas pagando por ações do passado — algumas cometidas por eles mesmos, outras por seus pais ou antepassados. A série brinca com essa ideia: será que o carma é individual ou coletivo?
 

Além disso, a série propõe uma pergunta incômoda: é possível quebrar o ciclo? Ou estamos todos condenados a repetir os mesmos erros?

Curiosidades

O título original Akyeon pode ser traduzido como “má conexão” ou “destino cruel”, reforçando o tom fatalista da história.

Onde assistir?

Carma está na Netflix com 6 episódios.

Avaliações

• 7,6
  83%
  7,8