A dúvida surgiu depois de assistir à nova produção da Netflix, Medo Real, uma série que tem James Wan — o mestre do terror por trás de Invocação do Mal e Sobrenatural — como produtor executivo. Mas afinal, o que faz um produtor executivo?Qual é, de fato, a participação de James Wan na série Medo Real? Ele está envolvido nas decisões criativas, na direção, ou apenas dá seu aval ao projeto?Essas perguntas são mais comuns do que parecem.Quando vemos um nome tão grande estampado nos créditos, é natural querer entender qual é o papel real do produtor executivo em uma série ou filme — especialmente quando falamos de alguém com o estilo marcante de James Wan.
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Depois de anos de rumores e expectativas, a sequência de “Fogo Contra Fogo” (1995), clássico policial de Michael Mann, está finalmente ganhando forma. O projeto, que estava nas mãos da Warner Bros., agora será desenvolvido pela United Artists, do grupo Amazon MGM Studios, após divergências entre o estúdio e o diretor sobre o orçamento. Ainda sem detalhes oficiais da trama, o novo filme será baseado no romance “Heat 2”, lançado em 2022 e coescrito por Mann ao lado de Meg Gardiner. A história deve expandir o universo do original, explorando as origens e o futuro dos personagens que marcaram uma geração. A produção contará com nomes de peso nos bastidores. Jerry Bruckheimer, produtor de Top Gun, se junta a Scott Stuber e Nick Nesbitt na equipe, com Eric Roth e Shane Salerno como produtores executivos. Lançado em 1995, “Fogo Contra Fogo” é considerado uma das obras-primas do gênero policial moderno. O filme original traz Robert De Niro como um criminoso meticuloso e Al Pacino como o policial obcecado em capturá-lo — dois homens em lados opostos da lei, mas com um respeito mútuo que marcou o cinema. Além de De Niro e Pacino, o elenco contava com Val Kilmer, Diane Venora, Amy Brenneman, Ashley Judd, Natalie Portman e Jon Voight. Com uma carreira marcada por obras intensas e estilizadas, Michael Mann — indicado quatro vezes ao Oscar — é responsável por filmes como Ladrão de Ladrões (1981), Caçador de Assassinos (1986), O Informante (1999), Ali (2001), Colateral (2004) e Miami Vice (2006). Agora, trinta anos depois, o cineasta promete reacender a chama desse clássico — e os fãs já estão prontos para o novo embate entre o crime e a lei.
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Depois de anos de silêncio e disputas judiciais, o ícone do terror Jason Voorhees finalmente vai voltar às telas — e em grande estilo. O produtor Robbie Barsamian confirmou à revista SFX Magazine que o temido assassino da máscara de hóquei ganhará um novo filme, o 13º da franquia “Sexta-Feira 13”, além de um jogo inédito. “Estamos trabalhando ativamente em um novo filme — que será o 13º da franquia — além de um novo game”, revelou Barsamian. “Jason retornará de formas inesperadas, expandindo o universo do personagem em diferentes mídias, mas sempre respeitando a essência da mitologia original.” Esse novo momento marca o início do chamado “Jason Universe”, uma iniciativa que pretende revitalizar a franquia e reconectar Jason a uma nova geração de fãs. A proposta é transformar Sexta-Feira 13 em um universo multimídia, com produções interligadas e conteúdos que vão além do cinema. O primeiro passo dessa expansão foi o curta-metragem Sweet Revenge, lançado no início do ano, que trouxe de volta o clima clássico do acampamento Crystal Lake e reacendeu o entusiasmo entre os fãs. E vem mais por aí: a série de TV Crystal Lake já está em produção e tem estreia prevista para 2026. Tudo indica que Jason Voorhees está prestes a viver uma nova era — e que os gritos de Crystal Lake vão ecoar por muito tempo ainda.
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A nova temporada da franquia Monstro, criada por Ryan Murphy e Ian Brennan, mergulha na mente perturbada de Ed Gein, o assassino real que inspirou filmes como Psicose, O Massacre da Serra Elétrica e O Silêncio dos Inocentes.Mas até que ponto o que vimos na série da Netflix é fiel à realidade?Aqui está o guia completo do que é história real e o que é pura dramatização cinematográfica. O que é real Os roubos de túmulos e o uso de restos humanosTotalmente verdade. Ed Gein confessou ter exumado corpos em cemitérios próximos e usado partes para fabricar objetos macabros — como máscaras, tigelas e até móveis cobertos por pele humana. Os assassinatos de Bernice Worden e Mary HoganComprovados. Gein foi condenado pelo assassinato de Bernice Worden, ocorrido em 1957, e assumiu também a morte de Mary Hogan, em 1954. A relação doentia com a mãe, AugustaFato histórico. Augusta Gein era extremamente religiosa e controladora, influenciando diretamente o comportamento e os delírios do filho. Essa relação foi um dos pilares da formação psicológica de Ed. O isolamento em Plainfield, WisconsinVerdade. Ed viveu praticamente toda a vida em uma fazenda isolada, mantendo pouco contato com vizinhos e sendo visto como um homem solitário e estranho. Adeline Watkins existiuSim. Ela chegou a afirmar publicamente que teve um relacionamento com Gein, inclusive citando um pedido de casamento, mas depois recuou nas declarações, dizendo que a imprensa havia exagerado. A influência no cinema de terrorFato incontestável. As atrocidades de Ed Gein inspiraram diretamente Psicose (1960), O Massacre da Serra Elétrica (1974) e O Silêncio dos Inocentes (1991). A série acerta ao destacar esse impacto cultural. O que é ficção ou exagero da série O assassinato do irmão HenryNa série, Ed é mostrado matando o irmão com um tronco durante um incêndio.Na realidade, a morte foi oficialmente considerada acidental, causada por asfixia durante o fogo. Não há provas de homicídio. A morte “macabra” da mãeAugusta morreu de um derrame cerebral — sem qualquer participação violenta de Ed. A série dramatiza esse momento para acentuar o trauma psicológico. As festas nazistas e o erotismo mórbidoCriações visuais e simbólicas. Essas cenas não têm base factual, sendo alegorias sobre o fascínio de Ed por poder, morte e perversão — exploradas para chocar e representar sua deterioração mental. Relação longa e romântica com Adeline WatkinsA série transforma um breve envolvimento em um romance intenso que duraria décadas.Na realidade, o contato foi pontual e nunca confirmado oficialmente como namoro. Uso de motosserra nos assassinatosPura ficção. Ed Gein nunca usou motosserra em seus crimes — essa é uma referência aos filmes inspirados nele, como O Massacre da Serra Elétrica. Conexões diretas com Hitchcock e o elenco de PsicoseInventadas. A série usa esses encontros de forma simbólica, para representar a forma como Hollywood transformou o horror real em entretenimento. Ed Gein ajudando na captura de Ted BundyA série insinua que Ed Gein teria colaborado com o FBI em investigações que levaram à prisão de Ted Bundy — ou que suas observações ajudaram na criação do perfil do assassino. Isso nunca aconteceu. Na realidade, Gein foi preso em 1957 e morreu em 1984, A Unidade de Perfis Criminais do FBI (Criminal Profiling Unit) — oficialmente chamada de Behavioral Science Unit (BSU) — foi criada em 1972, dentro da Academia do FBI em Quantico, Virgínia. Essa unidade surgiu a partir da necessidade de entender melhor os motivos e padrões de comportamento de assassinos em série, depois de uma série de crimes violentos nos anos 1960 e início dos 1970. Os principais nomes envolvidos na criação e consolidação foram: Howard Teten e Patrick Mullany – agentes pioneiros em psicologia criminal e ensino do perfilamento. John E. Douglas e Robert Ressler – tornaram-se os mais conhecidos, especialmente após realizarem entrevistas com serial killers famosos (como Ed Kemper, Manson, Bundy e Gacy) para desenvolver o sistema de perfis comportamentais. Curiosidade:A BSU evoluiu com o tempo e, em 1985, passou a se chamar Behavioral Science Investigative Support Unit. Mais tarde, tornou-se parte do Behavioral Analysis Unit (BAU), que é o nome usado até hoje — popularizado pela série Criminal Minds. Ou seja, quando Ed Gein morreu em 1984, a unidade já existia há 12 anos, mas ele nunca teve contato com ela. Essa parte é pura ficção, usada apenas como metáfora para conectar simbolicamente o “pai do horror moderno” com os assassinos que viriam depois. É um recurso narrativo, não um fato histórico. Número de vítimas exageradoEm vários momentos, a série sugere que Ed matou dezenas de pessoas.Na verdade, ele confessou apenas dois assassinatos. Os outros corpos encontrados eram de vítimas exumadas, não de homicídios. Minha leitura A série acerta ao capturar o ambiente sombrio e o impacto cultural dos crimes, mas erra ao misturar fato e fantasia de forma tão intensa que o público pode confundir o que é história e o que é invenção. Ryan Murphy transforma Ed Gein em um símbolo do horror moderno, mas também corre o risco de glamourizar o inumano.É uma obra provocante e bem dirigida — mas que exige olhar crítico de quem assiste, para não confundir análise com exaltação. Baseada em fatos, mas repleta de ficção cinematográfica.Murphy usa a história real como espelho do próprio fascínio humano pelo mal — e, nisso, o público vira parte do experimento.
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