Final Explicado
A série Não Volte Para Casa da Netflix entrega um desfecho surpreendente, repleto de paradoxos temporais, traumas reprimidos e uma narrativa que desafia a lógica do tempo. O final nos revela que Min e Varee são, na verdade, a mesma pessoa em linhas temporais diferentes, e a grande reviravolta é confirmada quando os testes de DNA comprovam que as três amostras analisadas pertencem à mesma pessoa: o corpo queimado encontrado em 1992, Varee em 2024 e a escova de dente de Min.Mas como isso é possível? O ciclo temporal e os traumas reprimidos Ao longo da série, somos levados a acreditar que Min está sendo assombrada por forças sobrenaturais. No entanto, o final revela que essas “assombrações” são, na verdade, fragmentos de um ciclo temporal que se repete. Quando Varee retorna à casa onde cresceu, o que ela percebe como fantasmas são ecos de seu próprio passado e os traumas de Panida. A figura misteriosa com o rosto preto que assombra Min é, na realidade, Varee com o rosto queimado, um reflexo do paradoxo temporal e do trauma de sua própria existência cíclica. O que acontece é que Panida, ao tentar trazer sua filha de volta no tempo, acaba abrindo um portal que desestabiliza as fronteiras entre passado e presente. Esse evento cria distorções temporais que fazem com que Varee e Min coexistam em diferentes momentos, resultando nas visões aterrorizantes e nos acontecimentos inexplicáveis ao longo da série. O sofrimento de Varee ao perder sua filha é refletido nos episódios em que Min sente falta de ar dentro do guarda-roupa, especialmente no momento em que Varee atira no coronel antes de fugir. Esses momentos reforçam a ideia de que suas experiências e emoções estão interligadas por esse ciclo temporal. A escolha de Panida e o aviso para não voltar Panida, consumida pelo luto após a morte do marido e da filha, decide criar Min como se fosse sua própria filha. Após a morte de Varee em 1992, ela a renomeia como Varee e a cria sem que ela saiba a verdade sobre sua origem. Com o passar dos anos, Panida percebe que Min, a menina que ela criou, era na verdade sua filha adulta que voltou no tempo. Antes de morrer, Panida tenta avisá-la sobre o ciclo temporal, deixando a frase que dá nome à série: Não volte para casa. Esse aviso é crucial, pois significa que a volta de Varee à mansão é o que desencadeia os eventos que a levarão ao seu destino trágico. No entanto, o ciclo não é quebrado. O final sugere que os acontecimentos estão fadados a se repetir, pois Varee retorna à mansão, agora com sua filha Min, o que indica que o looping temporal continuará indefinidamente. Min é realmente filha do coronel? A relação entre Min e o coronel levanta muitas questões ao longo da série. Em determinado momento, ele nega a paternidade, mas suas ações revelam que essa negação pode ter sido motivada por sua necessidade de manipulação e controle. Em cenas cruciais, vemos que a primeira vez que ele agride Varee, ela já está grávida de Min. Isso confirma que Min é, de fato, sua filha, mesmo que ele tente esconder essa verdade para manter poder sobre Fah e os demais personagens. O paradoxo temporal – Min deu à luz a si mesma?Se analisarmos a trama friamente, a série sugere que Min, de alguma forma, é filha de si mesma, criando um paradoxo de bootstrap no estilo de O Predestinado (Predestination). Esse tipo de narrativa é um dos conceitos mais intrigantes da ficção científica, onde um evento só pode acontecer porque já aconteceu antes, criando um loop sem começo nem fim. No entanto, se deixarmos de lado a necessidade de uma explicação 100% lógica, Não Volte Para Casa se consagra como uma das melhores séries de viagem no tempo do ano, trazendo um mistério envolvente e um final que faz jus ao suspense psicológico e sobrenatural que permeia toda a trama. E para você, o que achou desse desfecho? O ciclo pode ser quebrado ou Varee está condenada a reviver sua própria tragédia para sempre?
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Séries
The Good Bad Mother - Uma mãe, que viveu toda a sua vida pelo filho, faz de tudo para ajudá-lo a se recuperar depois que ele sofre um acidente inesperado que o deixa com amnésia e as faculdades intelectuais de uma criança.
Personagens
Lee Do Hyun (Kang Ho)
Ra Mi Ran (Young Soon)
Eun-Jin Ahn (Mi Choo)
Yoo In-soo (Bang Sam-shik)
Jung Woong-in (Oh Tae-soo)
Choi Moo-sung (Song Woo-byeok)
A História
Sua história começa na Coreia do Sul dos anos 80, onde Young-soon - então uma artista - é pedida em casamento por seu marido e criador de porcos, Choi Hae-shik (interpretado por Jo Jin-woong), com um leitão. Como o destino quis para o casal, a fazenda de Hae-shik é incendiada por uma empresa que quer demolir propriedades para abrir caminho para as Olimpíadas de Seul. A tragédia acontece quando o marido de Young-soon decide continuar lutando por sua fazenda, o que resulta em seu assassinato, que foi encenado para parecer um suicídio. A então grávida Young-soon é posteriormente deixada para cuidar de si mesma e de seu filho ainda não nascido.
Kang-ho nasce e sua mãe o criou duramente para que ele pudesse viver uma vida melhor. Ele cresce e se torna um promotor de sucesso, mas é insensível ao relacionamento deles.
A partir daí vamos embarcar em uma jornada de vingança, com o promotor de justiça Kang-ho se infiltrando tão profundamente para encontrar os assassinos de seu pai, com isso se envolvendo com Song Woo, que é diretor do grupo imobiliário que incendiou a fazenda de seus pais e o candidato presidencial Tae-soo que era o promotor na época. Como resultado desta equação, Kang-ho acaba sendo visto como um oficial implacável e corrupto.
Depois que um acidente, em que o faz voltar a ter a maturidade e memória de quando tinha 7 anos de idade, ela o leva de volta para sua casa da infância para ajudar na sua recuperação. Assim, os dois têm a chance de consertar seu relacionamento.
Pode Ver Sem Medo?
Ao longo dos episódios, tantas camadas são adicionadas a essa trama, que acabamos por ter várias histórias complexas dentro de uma só: poder, classes sociais, corrupção, ética, vingança, inveja, relações familiares, romance, amizades (UFA) e tudo isso com muitas reviravoltas e lições a serem aprendidas!
Um longo caminho de sofrimento que levará à redenção, mas permeado com muitas alegrias também, afinal já diz a música favorita que é o toque de celular da mãe de Kang-ho: “Estou muito, muito feliz” . Grave está música, ela será importante até o fim.
Temos aqui um dorama completo, com cenas muito bonitas e muito fortes também, muito drama, comédia, romance e até um pouco de suspense na medida certa.
E juntamente com momentos hilários, The Good Bad Mother também expõe momentos de sabedoria sobre segundas chances, as consequências de se fazer coisas ruins para se obter bons resultados e os perigos da vingança.
A história trará desfecho para tudo de antes do acidente e pós acidente de Kang-ho! De forma brilhante, como um quebra-cabeça onde tudo se encaixa perfeitamente! De fato poderia ficar horas aqui destrinchando cada episódio e seu brilhantismo, mas não vou estragar essa experiência para quem ainda não viu.
E não vou detalhar pequenas falhas e exageros, principalmente no que se refere ao julgamento final, pois isso não desmerece em nada a essência da série.
O que dizer das atuações da veterana Ra Mi-ran, que já apareceu em mais de 40 filmes, mas ainda não havia recebido aclamação ou reconhecimento público até estrelar Dancing Queen (2012), com a crítica chamando-a de "o destaque”!
Vemos aqui que ela realmente faz juz ao rótulo, pois ela nos envolve a cada cena, seja com raiva, amor ou dor. Mas acima de tudo, ela consegue transmitir muito bem a resiliência de uma mãe que deseja que seu filho tenha tudo que ela não pode ter.
E Lee Do-hyun, que já esteve antes em The Glory ou a Lição, mas aqui ele se superou, convence como um arrogante promotor de 35 anos com a mesma facilidade que interpreta um adulto com a mentalidade de uma criança de 7 anos e que vai amadurecendo a cada episódio.
A transformação dele é incrível e junto com Mi-Joo fazem o casal mais amável de todos.
Eles nos fazem sentir o que sentem, no fundo da alma, rir e chorar com a mesma intensidade.
E uma menção especial aos gêmeos… que crianças sensacionais, lindas, expressivas e sempre roubando a cena a cada aparição.
No geral, todos os personagens são maravilhosos, todos tem sua devida importância na trama e nos convencem. Fiquei com vontade de conhecer o Vilarejo Jou e seus habitantes pitorescos rsrsr
E o que dizer mais?
Ficou curioso?? Quer saber se esta vingança deu certo, se Kang-hoo se recuperou e as relações foram reatadas? Então…. Pode ver sem medo!!!!
Essa é uma saga épica, que ficará na história e na memória de quem assistir!
Curiosidades:
Lee Do Hyun (Kang-ho) protagonizou também o grande sucesso The Glory (A Lição).
Avaliações:
IMDB – 8,4
Rotten Tomatoes – ---- 96% (audiência)
Temporadas
Série com 14 episódios na 1ª Temporada.
Onde assistir?
The Good Bad Mother está na Netflix.
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