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Gabrielle

Criação de conteúdos e gestão de redes sociais

Netflix x Paramount x Governo Trump: a batalha bilionária pelo futuro da Warner Bros.

A disputa pela aquisição da Warner Bros. Discovery (WBD) se transformou em um dos embates corporativos mais intensos e politicamente carregados da década. Entre ofertas bilionárias, movimentações inesperadas e declarações presidenciais, o futuro da casa de Harry Potter, HBO, DC e CNN está em jogo.

 

Nos últimos dias, o cenário ganhou novos capítulos — e nenhum deles discreto.

 


 

Netflix enfrenta pressão política e regulatória em sua proposta

 

A Netflix entrou na disputa oferecendo US$ 82,7 bilhões, uma proposta que não inclui os canais a cabo da WBD, e já esperava uma longa análise regulatória. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou publicamente no domingo (7) que estará “envolvido na decisão”, sinalizando uma análise ainda mais extensa do que o normal.

 

Apesar disso, Trump elogiou o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, classificando seu trabalho como “lendário” — e, curiosamente, não fez nenhuma crítica direta à proposta da empresa.

 


 

Paramount lança oferta hostil: maior e mais abrangente

 

Na manhã de segunda-feira (8), a Paramount surpreendeu ao apresentar uma oferta direta aos acionistas, no valor de US$ 108,4 bilhões, buscando adquirir 100% da Warner Bros. Discovery.

 

A empresa argumenta que sua oferta é significativamente mais vantajosa do que a da Netflix, especialmente por incluir todos os ativos — inclusive os canais lineares que a proposta da rival desconsidera.

 

Pouco depois, Trump atacou a Paramount em sua plataforma Truth Social, mas por motivos totalmente alheios à aquisição: críticas ao 60 Minutes por entrevistar Marjorie Taylor Greene, sua ex-aliada. O presidente não mencionou a compra.

 


 

A influência de Trump e o clima político

 

Grandes empresas têm buscado proximidade com Trump durante seu mandato, tentando garantir condições favoráveis em negociações regulatórias. Porém, o presidente enfrenta um dilema:

 

  • Sua base eleitoral pressiona para que o Departamento de Justiça investigue a proposta da Netflix.
  •  
  • Comentadores aliados, como Steve Bannon e Matt Gaetz, pedem abertamente para que Trump “impeça” o negócio.
  •  

Gaetz, inclusive cotado para chefiar o DOJ no início deste ano, descreveu a fusão como algo “que Trump precisa barrar”.

 

Historicamente, presidentes evitavam interferir — ou comentar — grandes fusões, deixando as análises para o setor antitruste. Mas este não parece ser o caso agora.

 


 

Sarandos e Trump: encontros, jantares e diplomacia corporativa

 

Segundo apurações da CNN, Ted Sarandos e Trump mantêm um canal de comunicação aberto:
 

  • em dezembro de 2024, jantaram juntos em Mar-a-Lago;
     
  • no mês passado, Sarandos voou a Washington para se encontrar com Trump no Salão Oval;
     
  • o presidente confirmou a reunião e reforçou que tem “muito respeito” pelo executivo.
  •  

Ainda assim, Trump mencionou preocupação com questões antitruste, citando o potencial domínio combinado Netflix + HBO no mercado global de streaming.

 

A Netflix, por outro lado, enfatiza que YouTube, Amazon e redes sociais tornaram o mercado mais competitivo do que nunca.

 


 

A multa bilionária em caso de fracasso

 

Para mostrar confiança no acordo, a Netflix aceitou pagar uma multa de US$ 5,8 bilhões caso o negócio seja barrado pelos reguladores — uma das maiores penalidades rescisórias da história corporativa.

 

Mas mesmo esse gesto agressivo não assegura o futuro da operação.

 


 

Sarandos responde à oferta hostil da Paramount

 

Horas após a Paramount anunciar sua proposta, Sarandos finalmente se pronunciou durante um evento do banco UBS, em Nova York. Segundo ele, o movimento da concorrente era:

 

“totalmente esperado”.

 

O executivo reforçou que a Netflix segue confiante na consumação do acordo original negociado com a Warner Bros. Discovery.

 


 

Quem decide essa guerra?

 

Apesar de toda a movimentação política, encontros de bastidores e pressão da opinião pública, Trump não será o responsável direto pelo desfecho. A decisão final caberá aos tribunais e órgãos reguladores.

 

No entanto, sua postura pública — favorável ou contrária — pode influenciar significativamente o clima político ao redor da fusão mais impactante que Hollywood já viu desde a compra da Fox pela Disney.

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#noticias #news #streamings

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