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Gabrielle

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A Mulher da Fila (2025) - Um drama humano, real e dolorosamente necessário

Para libertar seu filho preso, uma mãe determinada enfrenta um sistema judiciário corrupto e descobre outras mulheres travando batalhas semelhantes.

Personagens

  • Andrea (interpretada por Natalia Oreiro): mãe protagonista que vive a angústia e, depois, se mobiliza.
     
  • Filho de Andrea: jovem preso injustamente — catalisador da trama. 
     
  • Personagens de apoio: familiares, mulheres que Andrea encontra na “fila”, advogados, sistema prisional — o elenco inclui Alberto Ammann, Amparo Noguera, entre outros.

História

A vida de Andrea, uma mulher de classe média, muda drasticamente quando seu filho de 18 anos acaba na prisão, falsamente acusado de um delito que não cometeu. Agora, ela precisa dedicar seus dias a libertá-lo. Para isso, ela enfrenta a burocracia do sistema judiciário, os abusos contra presos, mas, acima de tudo, seus próprios preconceitos, valores e crenças. Ela perceberá essa transformação profunda quando se apaixonar por um presidiário.

História

Pode Ver Sem Medo

Para muitas pessoas de classe média ou média-alta — como a protagonista de A Mulher da Fila — o sistema prisional é um território distante, misterioso e até negado.

Andrea (Natalia Oreiro) é uma mãe viúva que vive uma rotina tranquila em Buenos Aires, até que sua vida vira do avesso em uma manhã comum. Enquanto prepara o café e se despede dos filhos que vão para a escola, a polícia invade violentamente sua casa com um mandado de busca. Portas arrombadas, gritos, móveis destruídos. Ela mal tem tempo de entender o que está acontecendo: seu filho adolescente, Gustavo (Federico Heinrich), foi preso.
 

A princípio, Andrea acredita que tudo é um grande engano. “Meu filho é inocente”, repete sem parar — e, com a confiança de quem sempre viveu protegida pelo privilégio, tenta resolver tudo à força. Pressiona o advogado, invade a prisão, fura filas, grita com funcionários.

Mas o que ela descobre é muito mais duro: Andrea não é diferente de nenhuma daquelas mulheres que passam horas debaixo de sol, carregando sacolas, comida, roupas, esperando por minutos de contato com quem amam atrás das grades.
 



Entre a dor e o despertar
 

O roteiro, assinado por Benjamín Ávila (Infância Clandestina) e Marcelo Müller, se inspira livremente na história real de Andrea Casamento, fundadora da ACIFAD (Associação Civil de Familiares de Presos), uma organização argentina que luta pelos direitos de familiares de detentos.

A trama constrói uma jornada de transformação pessoal: Andrea começa como uma mulher arrogante, incrédula e isolada, mas é obrigada a confrontar seu próprio preconceito. Aos poucos, aproxima-se das outras mães e esposas que também esperam nas filas intermináveis das penitenciárias — um universo feminino invisível, sustentado por fé, cansaço e solidariedade silenciosa.
 

Dentro do presídio, o jovem Gustavo recebe a ajuda de Alejo (Alberto Ammann), um ladrão experiente que o ensina a sobreviver. Do lado de fora, Andrea aprende a sobreviver emocionalmente — e a entender que o sofrimento não escolhe classe, endereço ou sobrenome.
 



Análise e opinião
 

A Mulher da Fila é um filme de ritmo lento, silencioso, e por isso pode não agradar quem espera grandes viradas ou momentos de impacto. Mas é justamente nesse tempo dilatado que ele ganha força — mostrando o peso da espera, o som do silêncio e a solidão de quem vive “presa em liberdade”.
 

No começo, confesso que foi difícil sentir empatia por Andrea. Ela é fria, reativa e parece acreditar que está acima das outras. Mas aos poucos, o filme nos convida a enxergar sua desconstrução.

A protagonista percebe — e nós junto com ela — que as mulheres daquela fila não são “as mães dos criminosos”, e sim pessoas comuns, esmagadas por um sistema desumano, vivendo o luto diário de alguém que ainda está vivo.
 

Essa virada é poderosa. A arrogância se transforma em empatia. O medo em solidariedade. E é impossível não refletir sobre o quanto a sociedade marginaliza os familiares de presos, tratando-os como culpados por associação.

A Mulher da Fila é sobre isso: sobre os que ficam, sobre as grades invisíveis que cercam quem tenta seguir vivendo.

 

A Mulher da Fila não é um filme para ser “assistido rápido”. É um filme para sentir, digerir e refletir.

Ele incomoda, porque mostra que a prisão não termina nos muros — ela se estende até o coração das famílias.

Apesar de seu ritmo lento, é uma obra necessária e sensível, que transforma o olhar do espectador.

Curiosidades

Baseado em fatos reais, da vida de Andrea Casamento.


As mulheres da fila que aparecem no filme, são mulheres da fila da vida real.

 

A produção é uma coprodução Argentina-Espanha e foi filmada em locações reais, incluindo penitenciárias como a de Ezeiza, em Buenos Aires.

 

O “símbolo da fila” no filme funciona como metáfora: além da espera física, evidencia a marginalização e invisibilidade das mulheres de detentos no sistema.

Onde assistir?

O filme está na Netflix.

Avaliações

  • IMDB logo 6,5
    Rotten Tomatoes logo ---
    PVSM logo 6,5

Tags:

#drama #thriller #netflix #filmes #crimesreais

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