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Lázaro (Lazarus) – Final Explicado | Entre o real e o imaginado
A nova série Lazarus, criada por Harlan Coben para o Prime Video, começa como um thriller psicológico e termina mergulhando de vez na mente do protagonista — e é aí que tudo se torna realmente interessante.
Depois de seis episódios de tensão, mistérios familiares e visões cada vez mais perturbadoras, chegamos a um final que deixa mais perguntas do que respostas. Mas, ao contrário do que parece à primeira vista, a série não necessariamente fala sobre fantasmas… e sim sobre memória, trauma e a fragilidade da mente humana.
O que acontece no final
Ao longo da série, acompanhamos o psiquiatra forense Dr. Joel “Laz” Lazarus (Sam Claflin) tentando lidar com o suicídio do pai e as lembranças do assassinato da irmã gêmea.
Mas quanto mais ele se aprofunda nos arquivos e fitas deixadas pelo pai, mais começa a ver e ouvir pessoas mortas — incluindo o próprio Dr. Jonathan Lazarus (Bill Nighy).
Essas “visões” o conduzem até a verdade sobre antigos pacientes e crimes arquivados, costurando um enredo que mistura o crime real com o psicológico e o sobrenatural.
No entanto, o desfecho não entrega uma explicação mística — pelo contrário: tudo aponta para algo muito mais interno e simbólico.
Minha interpretação do final
Pela minha leitura, Joel Lazarus não estava vendo fantasmas.
O que ele vivenciava eram ecos das fitas de áudio deixadas pelo pai — gravações de sessões com pacientes que continham confissões, dores e segredos.
Com a mente já fragilizada pelo trauma, pela culpa e pelo luto, sua mente começou a projetar essas vozes como se fossem presenças reais.
Cada “visão” era, na verdade, uma manifestação da sua deterioração mental — uma mistura de culpa, saudade e obsessão por entender o que realmente aconteceu com sua família.
Ou seja, as aparições não são espirituais: são o reflexo psicológico de um homem que perdeu a capacidade de separar a razão da emoção.
É como se o verdadeiro “fantasma” fosse o próprio Lazarus, preso entre o passado e o presente, entre a ciência e o delírio.
A revelação sobre Aiden
Mas o final reserva ainda um último golpe emocional.
Laz descobre que Aiden é, de fato, seu filho biológico — e, ao mesmo tempo, percebe que o garoto carrega dentro de si algo sombrio.
Aiden se mostra impulsivo, violento, e no último episódio protagoniza uma das cenas mais impactantes da série: ele aparece na casa de Laura, o interesse romântico de Laz, coberto de sangue e segurando uma faca.
A casa está em ruínas, e Laura está desaparecida — ou talvez morta.
Essa cena funciona como um cliffhanger perfeito, indicando que a história está longe de terminar e que o “legado do pai” pode estar se repetindo.
O ciclo de trauma, violência e loucura parece continuar através de Aiden, levantando a grande questão:
Será que ele seguirá o mesmo caminho do avô e do pai… ou ainda há possibilidade de redenção?
Os símbolos do final
Há também um detalhe visual recorrente que fecha a série com um significado profundo:
Uma anotação do pai de Laz, encontrada nos arquivos, dizia “It’s not over” — “Não acabou” — acompanhada do desenho de uma mesa de três pernas.
O símbolo representa algo instável, incompleto, desequilibrado — exatamente como a estrutura emocional dessa família.
Nada está completamente resolvido.
Nem o passado, nem a sanidade de Laz, nem o futuro de Aiden.
Um final aberto — e propositalmente ambíguo
Harlan Coben constrói esse final ambíguo de propósito.
A série deixa a dúvida no ar: será que Lazarus enlouqueceu completamente ou havia algo além da explicação racional?
Essa ambiguidade é o charme da história — e o que a diferencia das adaptações mais tradicionais do autor.
Mesmo com muitas revelações, o último episódio termina sem um encerramento definitivo, reforçando que, em Lazarus, a verdadeira investigação é dentro da mente humana, e não apenas sobre os crimes.
Conclusão
O final de Lazarus não é sobre resolver um assassinato — é sobre enfrentar os próprios fantasmas, sejam eles reais ou não.
Coben entrega uma história mais simbólica que literal, mais psicológica que policial.
E talvez seja esse o ponto central:
Lazarus nunca viu fantasmas — ele apenas ouviu os ecos do passado.
Mas o que ele deixou para o futuro, na figura do filho Aiden, talvez seja o verdadeiro assombro que ainda está por vir.
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