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A Longa Marcha (2025) - A adaptação mais sombria e humana de Stephen King
Um grupo de adolescentes participa de um concurso anual conhecido como "The Long Walk", no qual eles devem manter uma certa velocidade de caminhada ou levar um tiro.
Personagens
- Cooper Hoffman como Ray Garraty
- David Jonsson como Pete McVries
- Mark Hamill como O Major
- Judy Greer como Sra. Garraty
História
A história Ambienta-se nos Estados Unidos do final de meados do século, devastados pela guerra e dominados por fascistas que ditam uma competição anual na qual 50 jovens esperam ganhar uma pilha de dinheiro e "um desejo" caminhando, caminhando, caminhando e caminhando um pouco mais, sem linha de chegada – o último sobrevivente vence, e aqueles que caem são mortos a tiros na hora.
Pode Ver Sem Medo
Baseado em um dos primeiros romances de Stephen King — escrito quando ele ainda estava na faculdade — A Longa Marcha é uma obra que demorou décadas para chegar aos cinemas.
E a espera valeu cada passo.
Publicado originalmente em 1979 sob o pseudônimo Richard Bachman, o livro sempre foi considerado uma das histórias mais sombrias e psicológicas de King.
Agora, em 2025, o diretor Francis Lawrence (de Jogos Vorazes) entrega uma adaptação que não se apoia no terror sobrenatural, mas mergulha fundo na resistência física e mental humana.
Uma competição mortal
Em um futuro distópico, os Estados Unidos vivem sob um regime totalitário.
Todos os anos, o governo realiza uma competição brutal conhecida como A Marcha, onde 50 jovens são escolhidos para caminhar sem parar — literalmente.
Eles devem manter uma velocidade mínima constante.
Quem diminuir o ritmo três vezes, leva um tiro.
Simples assim.
O último que restar, ganha uma fortuna e o direito de pedir “qualquer coisa que quiser”.
Mas o prêmio vem com um custo: assistir todos os outros morrerem.
Tudo é transmitido ao vivo, como um espetáculo nacional — uma mistura de reality show e execução pública que mostra o quanto a sociedade pode ser cruel sob o disfarce do entretenimento.
Ray Garraty e Pete McVries: amizade em meio ao caos
O protagonista Ray Garraty, vivido por Cooper Hoffman, entra na marcha com motivos pessoais que vão muito além da glória.
Ele carrega uma dor, uma revolta, e talvez um desejo de vingança.
Do outro lado está Pete McVries (interpretado por David Jonsson), um jovem inteligente e carismático, que parece não ter nada a perder — até encontrar Ray no caminho.
Juntos, eles formam uma amizade improvável e emocionante.
Em meio à dor, ao medo e ao desespero, os dois se tornam a força um do outro, questionando o verdadeiro sentido de seguir em frente.
E comandando essa insanidade, temos o Major, interpretado por Mark Hamill, frio, autoritário e perturbador.
Sua presença é quase mítica — sempre observando, sempre julgando, sempre pronto para ordenar mais uma execução.
“Estou orgulhoso de vocês, rapazes. Vocês têm saco.”
— O Major, com seus óculos escuros e sua voz de aço.
Um filme sobre o limite humano
A Longa Marcha é um filme mais falado que corrido, e é exatamente isso que o torna tão forte.
Aqui, o terror vem das conversas, das reflexões, da exaustão que se acumula passo a passo.
Os garotos falam sobre o que fariam se vencessem, sobre a censura, sobre o medo e sobre o que resta da esperança.
Em um dos momentos mais marcantes, Pete diz a Ray:
“Não pensamos em chegar ao fim. Pensamos em momentos.
Apenas em chegar ao próximo momento.”
E essa frase define todo o espírito do filme.
Porque A Longa Marcha é, no fundo, uma metáfora sobre a vida:
cada um de nós está caminhando, tentando resistir, buscando o próximo momento — mesmo sem saber o que vem depois.
Minha opinião
Confesso: nem todas as adaptações de Stephen King me agradam.
Mas A Longa Marcha me pegou em cheio.
O filme é cruel, sim, mas também profundamente humano.
Ele não quer te chocar — quer te fazer pensar.
E pensar dói.
O que mais me impressionou foi como a história constrói a empatia.
Você começa torcendo por um, depois por outro, até perceber que não quer mais que ninguém morra.
Mas alguém sempre morre.
E é aí que o filme te desmonta.
Porque te faz entender que, às vezes, vencer significa perder tudo.
Me lembrei muito de Plano de Ressurreição:
por mais legítimos que sejam o desejo de justiça ou vingança, eles te consomem até o último pedaço de humanidade.
No fim, A Longa Marcha é sobre a própria vida.
Cada passo é uma escolha, cada advertência é uma queda,
e todos nós — de alguma forma — estamos tentando seguir em frente sem saber até onde conseguimos.
O terror aqui não está nas balas, mas no olhar de quem ainda caminha.
Conclusão
“A Longa Marcha” é uma experiência intensa, perturbadora e emocional.
Um filme que faz o coração acelerar não pelas cenas de ação, mas pela dor de assistir jovens sendo esmagados por um sistema impiedoso.
Stephen King mais uma vez mostra que o verdadeiro horror está dentro da mente humana.
E Francis Lawrence entrega uma das melhores adaptações do autor nos últimos anos.
Se você gosta de histórias que te fazem pensar, questionar e sentir — este filme é pra você.
Mas vá preparado… porque essa caminhada é longa mesmo.
Curiosidades
Stephen King escreveu A Longa Marcha aos 19 anos, ainda na faculdade.
O livro foi publicado sob pseudônimo porque King já tinha lançado várias obras no mesmo ano e queria testar se seu sucesso era mérito do nome ou da escrita.
O elenco realmente caminhou quilômetros por dia nas gravações, que foram feitas de forma cronológica — o cansaço que você vê na tela é real.
Embora Stephen King tenha dito que não pretendia explicitamente que fosse assim, o romance "A Longa Caminhada" é frequentemente visto como uma crítica alegórica à Guerra do Vietnã e à morte sem sentido e ao espetáculo da violência sancionada pelo Estado que acompanhou o conflito.
Cooper Hoffman disse que ele e seus colegas de elenco caminhavam "24 quilômetros por dia sob um calor de 38 graus, em concreto [e] sem sombra", totalizando quase 640 quilômetros. As longas tomadas extenuantes sob o sol quente de Winnipeg, Canadá, cobraram seu preço. "Havia uma ansiedade real — quando você chegava lá e começava a caminhar — de realmente conseguir passar o dia", acrescentou.
No livro, os participantes precisam manter uma velocidade de 6,4 km/h, mas no filme, a pedido de Stephen King, eles mudaram para 5 km/h, pois ele achou que a velocidade original era irrealista durante toda a competição.
Onde assistir?
O filme está nas plataformas digitais.
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Tags:
#terror #horror #drama #suspense #filmeVisualizações:
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