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Gabrielle

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As Maldições (2025) - Política, poder e superficialidade em uma minissérie argentina

No norte da Argentina, a filha do governador é sequestrada por seu homem de confiança durante votação de lei sobre exploração de lítio. O caso revela uma trama secreta de 13 anos que expõe a natureza do poder.

Personagens

Fernando Rovira- Leonardo Sbaraglia: Governador da província e pai da criança sequestrada. Ele enfrenta o dilema entre manter sua carreira política ou proteger sua família. 

 

Zoe - Francesca Varela  (a filha sequestrada): A garota cujo desaparecimento desencadeia toda a trama. 

 

Román Sabaté- Gustavo Bassani: Um dos personagens-chave no mistério do sequestro e nas relações de confiança/trauma. 

 

Irene- Alejandra Flechner: Importante figura familiar / política na trama, envolvida em tensões internas. 

 

Lucrecia Bonara- Mónica Antonópulos: Outro nome de peso no elenco, com papel que interage com os mistérios centrais.

História

No norte da Argentina, a filha de um governador é sequestrada durante uma votação crucial sobre a mineração de lítio. À medida que os motivos do sequestrador se revelam, uma conspiração de 13 anos emerge, expondo verdades obscuras sobre poder e laços familiares.

História

Pode Ver Sem Medo

À medida que a câmera acompanha as linhas de uma estrada deserta, vemos um carro em alta velocidade. No volante, Román Sabaté (Gustavo Bassani), tenso, dirige com Zoe (Francesca Resua), a filha adormecida do governador Fernando Rovira (Leonardo Sbaraglia), no banco de trás. A cena inicial já anuncia que algo está fora de controle.

 

Fernando Rovira é governador de uma província no norte da Argentina e trava uma batalha política para derrubar um polêmico projeto de lei que limita a exploração de lítio. Para ele, esses limites representariam um golpe na economia local — mas, claro, interesses muito maiores estão em jogo.

 

O problema começa quando o motorista oficial de Rovira deveria buscar Zoe em sua aula de natação e simplesmente desaparece. Nem a menina, nem o motorista atendem o telefone. Logo descobrimos que Román, um homem próximo da família, sequestrou Zoe. O verdadeiro motorista foi deixado amarrado e inconsciente à beira da estrada.

 

Mesmo sequestrando a menina, Román mantém um estranho senso de proteção: impede que ela sofra violência quando é abordada por desconhecidos e só a coloca no porta-malas quando Zoe tenta escapar. Aos poucos, percebemos que Zoe nutre algum tipo de lealdade por ele, o que complica ainda mais a situação.

 

O fio condutor da trama fica claro quando Román invade uma usina hidrelétrica relacionada ao projeto de mineração e rouba documentos confidenciais. O sequestro, portanto, não é um simples ato criminoso, mas parte de uma trama maior ligada à corrupção política e ao poder econômico por trás da exploração do lítio.

 

Estrutura da minissérie

 

O primeiro episódio se desenrola mostrando Rovira tentando derrubar a lei de mineração enquanto lida com a ausência de Zoe, e Román tentando conduzir a garota até o local que precisa, apesar da resistência dela. Aqui já percebemos que Zoe não é apenas uma vítima passiva: sua rebeldia e inteligência trazem tensão para cada movimento de Román.

 

O que descobriremos mais tarde é que o sequestro não é algo improvisado: foi uma trama construída ao longo de anos, ligada não apenas ao projeto de lei, mas também à verdadeira identidade da família biológica de Zoe.

 

É nesse ponto que a figura de Irene (Alejandra Flechner), mãe de Rovira, ganha destaque. Em diálogos com o investigador, fica claro que o centro de poder da família não está realmente nas mãos do governador. Irene tem mais influência sobre as decisões e sobre a forma como Rovira governa do que a própria imagem pública dele sugere — revelando que, nos bastidores, a política é ainda mais controlada e manipulada do que aparenta.

 

Minha opinião

 

A divisão em três episódios poderia facilmente ter sido condensada em um filme. No primeiro, temos a apresentação da trama e do sequestro; no segundo, entendemos os motivos; e no terceiro, a revelação final e o desfecho. O problema é que tudo acontece de forma muito superficial — personagens pouco aprofundados, motivações simplificadas e falta de tempo para o público criar uma conexão emocional.

 

Apesar disso, a minissérie toca em questões relevantes: corrupção política, exploração de recursos naturais e como família e poder podem ser usados como moeda de troca. Para mim, o que fica é mais a reflexão sobre “até onde se vai para alcançar poder” do que uma experiência dramática envolvente.

 

Vale assistir? Não é uma série ruim, mas é lenta e pouco envolvente. Se você estiver sem nada para ver, os três episódios passam rápido e ainda trazem uma mensagem sobre ética, ambição e manipulação política. Só não espere um mergulho profundo — As Maldições funciona mais como um retrato frio de poder do que como uma história emocionante.

Onde assistir?

A minissérie está na Netflix com 3 episódios.

Avaliações

  • IMDB logo 5,5
    Rotten Tomatoes logo 86%
    PVSM logo 5,0

Tags:

#series #netflix #drama

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