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Gabrielle

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aka Charlie Sheen (2025) - a história crua e honesta do astro que se reinventou

Após 7 anos de sobriedade, Charlie Sheen fala sobre sua história de fama e queda, enquanto familiares e amigos revelam histórias não contadas de sua jornada rumo ao estrelato, dificuldades e redenção.

História

O documentário é dividido em Part One e Part Deux

  • Parte 1 foca nos anos iniciais: infância, subida para a fama, primeiros sucessos. 
  • Parte 2 aprofunda os momentos mais controversos: ascensão em Two and a Half Men, decadência, escândalos públicos, enfrentamento dos vícios, relações pessoais problemáticas.

História

Pode Ver Sem Medo

A Netflix lançou uma série documental em duas partes, com três horas de duração, chamada aka Charlie Sheen, dirigida por Andrew Renzi. O formato é simples, mas poderoso: Sheen, sentado a uma mesa de lanchonete, encara de frente a própria vida — uma trajetória marcada por fama, excessos, escândalos e tentativas de recomeço.

 

A entrevista conduzida por Renzi é o fio central da narrativa, mas o documentário também traz depoimentos de figuras importantes da vida de Sheen, como os amigos de infância Sean Penn e Tony Todd, o irmão mais velho Ramon Estevez, as ex-esposas Denise Richards e Brooke Mueller, os filhos Lola e Bob Sheen, além de colegas como Jon Cryer e até seu ex-traficante, Marco. Por outro lado, ausências importantes — como as de Martin Sheen e Emilio Estevez — dão o tom da dificuldade da família em revisitar tantos episódios dolorosos.

 


 

Parte 1: festas, problemas e oportunidades

 

A primeira parte foca na infância de Sheen em Malibu, quando ainda atendia por Carlos Estevez, e nas experiências nos sets de filmagem levados pelo pai, como no caótico Apocalypse Now. Já adolescente, começou a dividir a vida entre o talento para a atuação e o gosto por festas intermináveis.

 

É aqui que ele define as fases da própria vida: “Festas, Festas com Problemas e Apenas Problemas”. Dos anos 80 e 90, sobram lembranças de companhias como Nicolas Cage, papéis icônicos em Curtindo a Vida Adoidado e Platoon, além da ascensão em Hollywood. Mas também os primeiros atritos: depoimento contra Heidi Fleiss, intervenções familiares sem efeito e idas e vindas da reabilitação.

 

O capítulo termina na guinada pós-reabilitação, quando substituiu Michael J. Fox em Spin City e logo depois conquistou o papel que marcaria sua carreira: Charlie Harper em Two and a Half Men.

 


 

Parte 2: sucesso, queda e o "sangue de tigre"

 

A segunda parte mostra o auge e a queda. O sucesso estrondoso de Two and a Half Men contrasta com casamentos fracassados, recaídas e a guinada sombria em 2009, quando Sheen mergulhou no crack. Vieram a disputa com o criador Chuck Lorre, a demissão, a imagem pública em frangalhos, as entrevistas bizarras e a turnê teatral regada a frases que viraram memes, como “Winning” e o famoso “tiger blood”.

 

É doloroso perceber o quanto Sheen mal se reconhece nesse período, e o documentário deixa claro como ele próprio enxerga esse momento com uma mistura de vergonha e incredulidade.

 


 

Minha visão sobre o documentário

 

Se você acompanhou Sheen apenas em Two and a Half Men, já deve ter ouvido falar de suas polêmicas. Eu mesmo estive em Los Angeles para assistir a uma gravação da série quando Ashton Kutcher já havia assumido o papel, e o que sabia era só que Charlie tinha sido demitido por “causar”.

 

Não esperava que o documentário fosse além disso, e confesso que me surpreendi positivamente. Não há sensacionalismo: é cru, direto, triste. Para mim, fica clara a história de um homem que teve tudo — talento, fama, dinheiro e oportunidades — mas se sabotou repetidas vezes. O doc mostra que nem sempre a solução está no sucesso financeiro ou no status de celebridade.

 

O que impressiona é a sinceridade de Sheen após oito anos de sobriedade. Ele não se coloca como vítima, não romantiza os erros: assume cada falha como sua responsabilidade. Até quando fala sobre experiências com homens durante o período do crack, ele não demonstra vergonha ou arrependimento. Pelo contrário, descreve como algo libertador.

 

Gostando dele ou não, aka Charlie Sheen mostra o significado real de “ressurgir das cinzas”. É quase impossível não torcer para que essa sobriedade dure e que ele siga longe dos problemas que marcaram sua vida.

 


 

Conclusão

 

aka Charlie Sheen é mais que um documentário sobre um astro problemático de Hollywood. É um retrato de autodestruição, fama, vício, mas também de resistência e reflexão. Sheen abre as feridas para o público e, no processo, dá ao espectador a chance de enxergar o ser humano por trás da caricatura que virou piada em tabloides.

 

Vale assistir — não só para entender a trajetória de Sheen, mas para refletir sobre como o excesso e a fama podem ser tão destrutivos quanto qualquer droga.

Curiosidades

O pai Martin Sheen e o irmão Emilio Estevez — preferiram não aparecer no doc, embora apoiem, dizem que seria pedir para reviver momentos muito dolorosos.

Há filmagens caseiras de infância dele, filmes amadores (“Super 8”) e primeiras memórias com figuras que se tornaram famosas.

Onde assistir?

O doc está na Netflix em 2 partes.

Avaliações

  • IMDB logo 7,7
    Rotten Tomatoes logo 70%
    PVSM logo 7,0

Tags:

#documentários #netflix #séries

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