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Gabrielle

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Homem com H (2025) - A ousadia de viver em voz alta

Mergulha na vida do cantor brasileiro Ney Matogrosso.

Personagens

  • Jesuíta Barbosa como Ney Matogrosso — elogiado por transformar fisicamente e emocionar na performance .
  • Hermila Guedes como Beíta, mãe de Ney .
  • Jullio Reis como Cazuza, amigo e grande amor .
  • Bruno Montaleone como Marco de Maria, parceiro que faleceu de AIDS .
  • Mauro Soares e Jef Lyrio como João Ricardo e Gerson Conrad, integrantes do Secos & Molhados .
  • Também integram o elenco Caroline Abras, Rômulo Braga, Lara Tremouroux, entre outros

História

A narrativa segue Ney Matogrosso desde sua infância até se tornar um ícone da música nacional. O filme explora:

  • Crescimento em ambiente humilde e repressivo;
  • Liberação artística via grupo Secos & Molhados durante a ditadura militar;
  • Transição para carreira solo;
  • Relações pessoais marcantes, como com Cazuza e o parceiro Marco de Maria — ambos retratados com momentos de alegria e tragédia, sobretudo na epidemia da AIDS

História

Pode Ver Sem Medo

Homem com H é mais do que uma cinebiografia. É um convite para mergulhar na trajetória intensa, ousada e transformadora de Ney Matogrosso, um dos maiores artistas da música brasileira — e o melhor: ainda vivo, ativo e provocador como sempre.
 

Dirigido por Esmir Filho, o filme percorre de forma cronológica os momentos mais marcantes da vida de Ney: da infância difícil ao despertar artístico, passando pela adolescência inquieta, o sucesso com os Secos & Molhados, sua carreira solo e até um show arrebatador em 2024. É uma jornada completa e emocionante.
 

Um dos grandes destaques do longa é a atuação de Jesuíta Barbosa, que consegue captar a energia, a sensibilidade e a intensidade do cantor com uma entrega impressionante. Ele não apenas interpreta — ele encarna Ney com corpo, voz e alma.
 

O visual também é impactante: os figurinos exuberantes, os cenários teatrais e da ditadura, tudo compõe uma estética vibrante, que conversa diretamente com a força performática do artista e com o contexto político e cultural da época.

 

Nem tudo reluz
 

Se há um ponto que me causou desconforto, foi o excesso de cenas sexuais explícitas. Entendo que a sexualidade é parte importante da identidade de Ney, e que sua liberdade sempre foi uma forma de resistência. Mas talvez, para quem está começando a descobrir sua arte — especialmente o público mais jovem — o destaque maior devesse estar no que ele tem de mais genial: sua música extraordinária e a autenticidade com que enfrentou o mundo.
 

Porque o que realmente inspira é o fato de que Ney Matogrosso nunca abriu mão de ser quem é. Em uma época em que viver fora da norma era perigoso, ele brilhou. Cantou, dançou, performou — e revolucionou.

 

Um símbolo de liberdade
 

Homem com H é, acima de tudo, uma celebração da liberdade, da arte transgressora e da coragem de viver sem máscaras. É emocionante ver retratado, com tanta potência, o caminho de alguém que abriu espaço para tantas vozes que vieram depois.
 

Assistir a este filme é uma forma de homenagear esse artista gigante — e também de nos perguntar: até que ponto estamos sendo fiéis à nossa própria essência?
 

Vale (muito) a pena conhecer, relembrar ou descobrir Ney Matogrosso — um homem com H maiúsculo, que ainda hoje canta, vive e desafia tudo o que o mundo tenta impor.

Curiosidades

Apesar de arrecadar mais de 13 milhões de reais em bilheteria, o filme ficou apenas 30 dias nos cinemas antes de ser disponibilizado na Netflix. Essa ação gerou polêmica em torno do lobby do streaming no Brasil e da pressão exercida sobre os cinemas para favorecer grandes filmes de sucesso, prejudicando a indústria cinematográfica nacional.

 

Jesuíta Barbosa, que interpreta Ney Matogrosso, usa sua própria voz cantada no início do filme. O canto em Rosa de Hiroshima é a voz do ator, provavelmente aprimorada para se assemelhar à de Ney Matogrosso, da mesma forma que o filme Maria aprimora a voz de Angelina Jolie para se assemelhar à de Maria Callas.

 

O título original, Homem com H, aborda questões sociais relacionadas à percepção de masculinidade no Brasil, em contraste com a autoapresentação de Ney Matogrosso, que desafia todas essas ideias. Também faz referência a uma música que ele gravou.

 

O filme retrata brevemente uma das maiores polêmicas em torno de Ney Matogrosso, acusado de copiar a banda de rock Kiss. ​​Na verdade, é o contrário. O Secos & Molhados foi oficialmente formado em 1971, embora a banda já se apresentasse junta desde o final dos anos 60 e já fosse conhecida por sua maquiagem. O KISS surgiu anos depois, em 1973.

Onde assistir?

O filme está nos cinemas e na Netflix.

Avaliações

  • IMDB logo 8,1
    Rotten Tomatoes logo ---
    PVSM logo 7,2

Tags:

#cinebiografia #filmes #movies #drama #biografia #netflix

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